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terça-feira, 8 de fevereiro de 2022

VIDANEWS - Bento XVI pede perdão por abusos e erros cometidos pelo clero.

 

Declaração foi feita após divulgação de um relatório sobre casos de pedofilia envolvendo membros da Igreja Católica na Alemanha.

O papa emérito Bento XVI pediu perdão nesta terça-feira e afirmou sentir dor pelos abusos e erros ocorridos durante o tempo em que exerceu diferentes funções na Igreja Católica.A declaração foi feita através de uma carta, publicada depois da divulgação de um relatório sobre os abusos sexuais cometidos contra menores de idade na Alemanha, em que é afirmado que Bento XVI soube de quatro casos de pedófilos na igreja, quando era arcebispo de Munique. "Uma vez mais, apenas posso expressar a todas as vítimas de abusos sexuais minha profunda vergonha, minha grande dor e meus sinceros pedidos de perdão. Tenho uma grande responsabilidade na Igreja Católica", disse o papa emérito. Joseph Ratzinger, de 94 anos, aponta na carta que a dor que sente é maior pelos abusos e erros que "ocorreram durante o tempo de meu mandato, nos respectivos locais", e garante que é necessário, por parte do clero, "o momento da confissão".Além disso, Bento XVI pede que "peçamos publicamente ao Deus vivo que perdoe nossas culpas, nossas grandes e grandíssimas culpas"."Em todos os meus encontros, especialmente durante minhas numerosas viagens apostólicas com vítimas de abusos sexuais cometidos por sacerdotes, olhei nos olhos as consequências de uma culpa muito grande e aprendi a compreender que nós mesmos somos arrastados por essa grande culpa, quando nos descuidamos ou quando não enfrentamos com a necessária decisão e responsabilidade, como aconteceu e acontece com grande frequência", afirmou.Apesar do pedido de perdão, Bento XVI negou, em um documento publicado também nesta terça-feira por colaboradores, qualquer acusação e saber dos fatos que foram narrados no relatório divulgado na Alemanha. Na carta, Ratzinger começa defendendo o "gigantesco" trabalho na redação do documento de resposta à investigação que foi entregue e garante que aconteceu "um descuido" a participação em reunião da arquidiocese de Munique e Freising, em 15 de janeiro de 1980.Na ocasião, seguindo a apuração feita, foi decidido pela transferência de um sacerdote acusado de abusar sexualmente de menores, identificado como Peter H., que depois voltou a realizar os mesmos crimes quando estava em Munique, o que motivou um novo deslocamento de sede.Inicialmente, o papa emérito chegou a dizer que não tinha participado da reunião, mas depois se retratou da declaração e disse ter se tratado de um erro."Esse erro, que lamentavelmente, aconteceu, não foi intencional. Espero que seja perdoado", escreveu Bento XVI, acrescentando que se surpreendeu "profundamente" que o que classificou como descuido tenha gerado dúvidas sobre a verdade e feito com que fosse chamado de mentiroso."Logo, enfrentarei o juiz definitivo a minha vida. Embora, olhando para trás em minha longa vida, tenha muitos motivos de temor e medo, tenho um espírito alegre, porque confio, firmemente, que o Senhor seja, não só um juiz justo, mas também amigo e irmão, que que já tenha sofrido ele mesmo das minhas fraquezas", concluiu.( Fonte R 7 Noticias Internacional)

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