Acidente provocado pelo acúmulo de gás metano,
inflamável, deixou 29 trabalhadores mortos em novembro de 2010.
A polícia anunciou na terça-feira (17) que localizou, pela
primeira vez, restos mortais na mina de carvão Pike River, na Nova Zelândia,
mais de uma década após um dos piores acidentes de trabalho da história do
país. Em novembro de 2010, o acúmulo de gás metano, inflamável, no local
desencadeou uma grande explosão e 29 trabalhadores acabaram morrendo.Segundo a
polícia, o que sobrou dos corpos foi retirado no fim da semana passada, durante
esforços de perfuração nas profundezas do lugar, e ainda não se sabe de quem
seriam os restos mortais. Uma investigação com especialistas forenses está
sendo feita para confirmar as identidades. Na época do acidente, as explosões
continuaram por dias após o desastre inicial, e preocupações com a segurança
afetaram o local por anos, levando a duvidar se os cadáveres seriam algum dia
encontrados. Para Anna Osborne, viúva de uma das vítimas e representante do
Stand with Pike, um grupo de apoio que representa as famílias afetadas pela
tragédia, a descoberta "foi um dia incrivelmente emocionante"."As
famílias viram as imagens do projeto da mina e o que vimos está começando a dar
uma verdadeira clareza sobre o que aconteceu lá", afirmou. O detetive
superintendente Peter Read disse que as imagens não seriam divulgadas
publicamente. Após a explosão, o Departamento de Trabalho da Nova Zelândia
apresentou 12 acusações contra Peter Whittall, ex-presidente-executivo da Pike
River Coal, por não ter tomado todas as medidas possíveis para evitar a
tragédia — mas, em 2013, autoridades retiraram o caso contra Whittall, uma vez
que era improvável que tivesse sucesso. Em 2017, o Supremo Tribunal da Nova
Zelândia decidiu que a retirada das acusações era ilegal, mas o caso nunca foi
adiante. O ex-presidente e outros chefes da mina concordaram em pagar
uma indenização às famílias no valor de 3,41 milhões de dólares neozelandeses
(R$ 13,1 milhões), mas o dinheiro nunca foi aceito pelos familiares. Eles
condenaram a decisão e classificaram a recompensa de "dinheiro de
sangue".( Fonte R 7 Noticias Internacional)
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