Corpos foram encontrados em uma violenta região de
cultivo de coca com as mãos amarradas e com uma placa escrito 'ladrões'.
A ONU e autoridades
colombianas investigam o assassinato de dois adolescentes venezuelanos, de 12 e
18 anos, baleados após serem acusados de roubar um armazém em uma violenta
região de cultivo de coca no nordeste do país, divulgaram várias fontes nesta segunda-feira
(11).Em vídeos e fotos publicados nas redes sociais, os adolescentes são vistos
parecendo angustiados, com as mãos amarradas com fita adesiva, enquanto uma
pessoa fora da câmera os chama de "ladrõezinhos". “Infelizmente eles
são meninos muito novos, não queremos vê-los amanhã caídos em algum lado da
estrada”, diz a voz anônima. Os corpos dos adolescentes foram encontrados em
uma área rural, aparentemente baleados e com as mãos ainda amarradas. Um
papelão com a palavra "ladrões" escrita à mão repousava sobre o corpo
do mais novo, deitado de bruços com uma mochila vermelha. Jaime Marthey,
defensor público do departamento Norte de Santander, onde ocorreram os assassinatos,
disse que os jovens foram pegos roubando roupas em Tibú, cidade na fronteira
com a Venezuela.Os mercadores os amarraram, mas depois eles "foram levados
(...) por um grupo armado ilegal para um destino desconhecido, onde apareceram
mortos", acrescentou Marthey em entrevista à Blu Radio. Segundo o
defensor, os jovens eram migrantes que haviam fugido da crise econômica na
Venezuela. O coronel da polícia Carlos Martínez culpou dissidentes da
ex-guerrilha das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) que se
afastaram do acordo de paz assinado em 2016, e garantiu que estão sendo
realizadas investigações para esclarecer o crime.O escritório das Nações Unidas
para os Direitos Humanos na Colômbia desaprovou o assassinato do menor de 12
anos e pediu às autoridades que "investiguem esses fatos".O
problemático município de Tibú concentra a maior quantidade de plantações de
drogas na Colômbia, com mais de 19 mil hectares plantados com folhas de coca,
de acordo com a ONU.Dissidentes da ex-guerrilha das Farc, rebeldes do Exército
de Libertação Nacional (ELN) e traficantes de drogas de origem paramilitar
disputam o território para controlar o comércio de coca.Organizações não
governamentais, como a internacional Human Rights Watch, denunciaram que
milhares de migrantes venezuelanos chegam à região devido ao controle precário
das passagens de fronteira e acabam presos no conflito armado colombiano.(
Fonte R 7 Noticias Internacional)
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