“Grande erro”, diz Taleban sobre
proposta turca de fazer a segurança do aeroporto de Cabul.
Tropas dos Estados Unidos deixarão
Kabul até o dia 11 de setembro, e processo de retirada tem gerado tensão e
muito.
Em meio à retirada das tropas dos Estados Unidos do Afeganistão, a ser
concluída até 11 de setembro, a Turquia se ofereceu
para assumir a segurança do Aeroporto Internacional Hamid Karzai,
em Cabul. O Taleban, porém, se manifestou contrário a essa hipótese e fez
um alerta: “A Turquia não deveria cometer um erro tão grande assim”. Através
de seu porta-voz, Muhammad Naeem, o Taleban “deixou muito claro às
forças de ocupação que não aceitará a presença de forças estrangeiras em
nenhuma parte do Afeganistão”. O comunicado ainda faz referência específica à
Turquia: “Não é apropriado que uma nação islâmica crie inimizade com outra
nação islâmica”, conforme a agência russa Sputnik noticiou.
O Taleban entende que a segurança local cabe
exclusivamente aos afegãos e afirma que “ninguém deve ter esperança de manter
presença militar ou de segurança” no país. O movimento fundamentalista reforça
que qualquer presença
estrangeira será vista como ocupação e promete “tomar uma
posição” contra os invasores. Tensão crescente A retirada das
tropas norte-americanas, antes agendada para o dia 1º de maio, foi
adiada e desagradou ao Taleban. Desde então, Washington teme que
militantes talibãs direcionem seus ataques aos soldados no país,
e o aeroporto tornou-se peça central no debate de segurança. A proposta
da Turquia foi feita em maio e teria o aval dos Estados Unidos. Pelo menos 6,5
mil soldados da Otan e 2,5 mil soldados dos EUA permanecem no
Afeganistão. A Turquia tem por volta de 500 militares no país, mas a
missão deles não é combater, e sim treinar, aconselhar e ajudar as forças
de segurança afegãs. A redução do aparato militar liderado pelos EUA no
Afeganistão é resultado de um acordo firmado com o próprio Taleban em fevereiro
de 2020. Em troca da retirada, os fundamentalistas deram garantias de que
negociariam um acordo político com o governo afegão.( Fonte A Referencia
Noticias Internacional)
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