Mulheres eram obrigadas a se
prostituir em penitenciária feminina de Moçambique.
Esquema durava mais de dez anos, e
detentas eram forçadas a manter relações sexuais com homens que pagavam até US$
500 pelos encontros.
Uma
investigação do Centro de Integridade Pública de Moçambique (CIP)
identificou um esquema de prostituição de
detentas na Penitenciária Feminina de Ndlavela, em
Maputo. O esquema tinha pelo menos dez anos. Os carcereiros da penitenciária atuavam como
intermediários e chegavam a cobrar US$ 500 (R$ 2,5 mil) de cada
cliente. As detentas, forçadas a manter relações sexuais com
os homens, eram retiradas da prisão quase sempre durante a noite, mas há casos
em que elas saíam durante o dia. As vítimas geralmente eram as presas
mais jovens ou recém-chegadas à prisão. Algumas das veteranas participavam do
esquema e ajudavam a escolher quais mulheres seriam levadas para os encontros.
As mais requisitadas chegavam a sair até quatro vezes por semana. Em
alguns casos, as mulheres saíam da penitenciária pela porta da frente, sempre
acompanhadas de um policial. Em outros, havia todo um aparato. Elas saíam de
ambulância, seguiam até o hospital e só então eram transferidas para o carro
que as levaria ao cliente. Também surgiram acusações de estupros cometidos
por guardas. Segundo uma mulher ouvida pelo CIP, os carcereiros da
penitenciária faziam sexo com as detentas “quando bem entendiam”. Ela conta que
uma vez tentou recusar e foi agredida. “Acabei no hospital”, disse. A
ministra da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos, Helena Kida, criou
uma comissão para investigar o caso. Ela também anunciou o afastamento de toda
a direção da penitenciária, ao menos até que as investigações oficiais sejam
concluídas. E prometeu que os responsáveis serão punidos. O CIP é um órgão
independente que visa a fiscalizar o poder público e denunciar eventuais
irregularidades. ( Fonte A Referencia Noticias Internacional)
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