A ONG Iran Human Rights, sediada na Noruega, repudiou o acontecimento e
disse que vê fins políticos na intensificação do uso da pena de morte pelo
regime iraniano. O número de execuções ao longo de 2024 chegou a 223, sendo 50
no mês de maio, segundo dados da entidade.
RECIFE, PE (FOLHAPRESS) - Duas mulheres
morreram após serem executadas por enforcamento no Irã neste sábado (18).
Outras cinco pessoas também foram enviadas para a forca na ocasião. A ONG Iran
Human Rights, sediada na Noruega, repudiou o acontecimento e disse que vê fins
políticos na intensificação do uso da pena de morte pelo regime iraniano. O
número de execuções ao longo de 2024 chegou a 223, sendo 50 no mês de maio,
segundo dados da entidade. Um comunicado da ONG diz que Parvin Musavi, 53, mãe
de dois filhos, foi enforcada na prisão de Urmia, no noroeste do país, ao lado
de cinco homens, todos eles condenados por tráfico de drogas neste sábado. A
Iran Human Rights afirmou que Musavi ficou presa durante quatro anos antes de
sua execução. Em Nishapur, no leste do país, uma mulher de 27 anos,
identificada como Fatemeh Abdulahi, foi enforcada como punição pelo assassinato
de seu marido, que era seu primo. Essa não é a primeira vez que o regime de
Teerã foi alvo de críticas por acusações de violações. Em setembro de 2022, a
jovem curda Mahsa Amini entrou em coma e morreu aos 22 anos após ser detida
pela polícia em Teerã por supostamente não usar o véu islâmico da forma
considerada correta. O caso levou milhares de iranianos às ruas. No mesmo ano, o
conselho da ONU aprovou uma resolução que, entre outros pontos, lamentou as
mortes, pediu que o Irã pusesse fim a leis que discriminam as mulheres e criou
uma missão de investigação. O Irã é um dos países que mais recorre à pena de
morte ao lado da China e da Arábia Saudita e as execuções acontecem por
enforcamento Duas jornalistas do Irã, Niloufar Hamedi, 31, e Elaheh Mohammadi,
36, são acusadas de atentar contra a segurança nacional na cobertura do caso da
morte de Mahsa Amini. As profissionais foram mais uma vez processadas em
janeiro, após deixarem a prisão, por aparecem nas redes sociais com os cabelos
soltos e sem usar o hijab, o véu islâmico. Em 2023, pelo menos 22 mulheres
foram executadas, o número mais alto da última década, segundo a ONG. O Irã executa
a maior quantidade de mulheres do mundo, de acordo com grupos de direitos
humanos, que afirmam que muitas são vítimas de casamentos forçados ou abusivos.
Ainda conforme a ONG, outras duas execuções estão no radar do regime iraniano.
Um homem pertencente à comunidade judaica do Irã, que diminuiu drasticamente
nos últimos anos, mas segue sendo a maior do Oriente Médio fora de Israel,
corre o risco de uma execução iminente. Outro homem, Arvin Ghahremani, 20, foi
condenado à morte por homicídio durante uma briga de rua quando tinha 18 anos e
sua execução está prevista para segunda-feira (20).( Fonte Mundo ao Minuto
Noticias Internacional)
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