Conhecida pelo bom humor e como mãe dedicada, Elisangela
Tinem teve planos de se dedicar aos filhos interrompidos.
A alegria e o prazer de estar junto da família
nos momentos finais de 2022 fizeram Elisangela Tinem não pensar duas vezes para
enfrentar o congestionamento típico de véspera de Ano-Novo para chegar à praia
e celebrar o Réveillon com um sorriso no rosto ao lado dos filhos, da irmã e da
mãe. O que ninguém poderia imaginar é que aquele momento seria bruscamente
interrompido pelo disparo de fogos de artifício - os mesmos para os quais a
auxiliar administrativa olhava com admiração minutos antes de ser atingida por um rojão, que explodiu em
seu corpo. Aos
38 anos, Elisangela era uma mulher espontânea, “alto astral”, que gostava de
estar sempre rodeada pela família e amigos. Frequentadora de baladas e fã de
pagode, a auxiliar administrativa costumava estar em comemorações e é lembrada
por animar qualquer ambiente. Mais do que isso: a leveza e o bom humor de
Elisangela a tornavam, segundo a irmã, uma companhia desejada por todos.
“Melhor filha, irmã, mãe e amiga que alguém poderia ter”, diz Tamiris Tinem, de
27 anos. A decisão pela viagem para a Praia Grande, no litoral de São Paulo,
foi de última hora e com
o objetivo de celebrar o ano novo em família. A
tragédia aconteceu, na madrugada do dia 1º, quando Elisangela foi atingida por um
rojão que se prendeu na roupa que usava e explodiu,
causando a morte de Elisangela em poucos segundos. Expectativas desfeitas As incontáveis expectativas de
Elisangela para o início de um novo ciclo em 2023 foram interrompidas. A
auxiliar adminitrativa, lembrada por ter sido uma mãe dedicada, deixou dois filhos:
um de 18 e um de 13 anos. "Quem convivia com ela sabia que tudo que fazia
era em prol dos meninos. Estavam sempre juntos", diz a amiga Daniela
Fernandes. Nos momentos de lazer, um dos passatempos favoritos da família
era assistir aos jogos de futebol no estádio do time do coração: o Corinthians. Neste
ano, o sonho de Elisangela era ver o filho mais velho completar o ensino médio
e ingressar na faculdade. Familiares mais próximos relatam que a auxiliar
administrativa estava "em plena paz em todas as áreas da vida" e que
vivia sua melhor fase. Entre as amigas, ela era conhecida como a “mãezona” do
grupo: a mais responsável e a que sempre tinha uma palavra de conforto. De
conselhos amorosos a ajuda com problemas familiares, as amigas relatam que Eli,
como era conhecida, estava sempre pronta para dar apoio. Atenciosa,
Eli colecionava amizades. Em seu aniversário de 35 anos, no dia 22 de novembro
de 2019, os colegas de trabalho decidiram preparar uma festa surpresa para ela
e para outros dois aniversariantes no auditório da empresa. Além do bolo
de aniversário, os amigos a presentearam com o perfume que ela mais usava
durante a adolescência e com um relógio. Daniela, a amiga de Elisangela, contou
que a peça tinha um significado especialmente importante: “Sérgio, o pai, tinha
como tradição dar a ela um relógio de presente quando completava mais uma no de
vida”, contou. A perda do pai foi uma fase muito difícil na vida de
Elisangela, mas ela uniu forças para superá-lo. Nas redes sociais, ela
costumava publicar mensagens de incentivo aos amigos e seguidores: “E quando
você achar que chegou ao fim do que podia esperar, recupere suas forças e
recomece. Deus nunca disse que seria fácil, mas disse que estaria com
você”. Relembre o
caso Após
a explosão, Elisangela sofreu lesões internas e externas. Segundo a equipe da
Polícia Civil do município que atua no caso, um braço, o peito, o baço e uma
lateral do abdômen da mulher foram feridos. A polícia procura pelo responsável
por ter soltado o rojão. Em nota ao R7, a SSP (Secretaria Pública do Estado
de São Paulo) informou que o caso foi registrado como homicídio e lesão
corporal culposa na CPJ (Central de Polícia Judiciária). "A autoridade
policial trabalha para identificar o autor e esclarecer os fatos",
escreveu.( Fonte R 7 Noticias Brasil) *Sob
a supervisão de Márcio Pinho
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