O
país comunista realizou seis lançamentos em menos de duas semanas, o mais
recente na última quinta-feira (6).
A Coreia do Norte declarou
neste sábado (8) que sua recente série de testes de mísseis, descrita por
Washington, Seul e Tóquio como uma "séria ameaça", é uma medida de
"autodefesa" contra os Estados Unidos. Os testes de mísseis da Coreia
do Norte aumentaram nos últimos dias. O país comunista realizou seis
lançamentos em menos de duas semanas, sendo o último o de dois mísseis
balísticos na quinta-feira (6). Dois dias antes, na terça-feira, Pyongyang
disparou um míssil balístico de alcance intermediário que sobrevoou o Japão e
acionou um alarme de eevacuação em seu território. Testar mísseis
"é uma medida regular e planejada de autodefesa para garantir a segurança
do país e a paz regional diante das ameaças militares diretas dos Estados
Unidos, que duram mais de meio século", disse a Agência de Aviação Civil
da Coreia do Norte, de acordo com a agência de notícias estatal KCNA.A mídia
estatal publicou a declaração depois que a Organização Internacional da Aviação
Civil (OIAC), que realiza sua reunião anual em Montreal, condenou na
sexta-feira os lançamentos de projéteis de Pyongyang nos últimos meses,
considerando que eram um perigo para a aviação civil. A Coreia do Norte
considera que a resolução aprovada por este órgão é "uma provocação
política dos Estados Unidos e suas forças vassalas para transgredir a soberania
da RPDC", sigla do nome oficial da Coreia do Norte. "Grave
ameaça" Por sua vez, Estados Unidos, Coreia do Sul e Japão
intensificaram seus exercícios militares conjuntos na área nas últimas semanas
e, na quinta-feira, realizaram novas manobras nas quais participou um destróier
da Marinha dos EUA do grupo de ataque do porta-aviões USS Ronald Reagan, movido
a energia nuclear. Os lançamentos ocorrem em um ano recorde de testes de armas
pela Coreia do Norte, que o líder Kim Jong Un declarou uma potência nuclear
"irreversível", encerrando a possibilidade de negociações de
desnuclearização.Os Estados Unidos impuseram sanções nesta sexta-feira a
empresas e indivíduos na Ásia acusados de fornecer combustível a Pyongyang em
violação às sanções da Organização das Nações Unidas, segundo o Departamento de
Estado.Washington, Tóquio e Seul participaram de uma reunião trilateral no
mesmo dia e concordaram em "continuar a coordenar de perto as respostas de
curto e longo prazo, inclusive com aliados e parceiros da ONU",
acrescentou o Departamento de Estado dos EUA em comunicado.Os últimos
lançamentos de mísseis de Pyongyang "representam uma séria ameaça à paz e
à segurança na região", apontou. "Provocadoras"Em outro
comunicado, o regime norte-coreano disse que estava "tratando muito
seriamente o desenvolvimento extremamente preocupante da situação atual",
referindo-se à presença do porta-aviões USS Ronald Reagan nas manobras na área.Essas
manobras são "extremamente provocadoras e ameaçadoras", disse a
agência KCNA.Analistas asseguram que o país comunista aproveitou o bloqueio nas
Nações Unidas devido às tensões entre Washington, Moscou e Pequim para acelerar
seu programa de armas.Os serviços de inteligência da Coreia do Sul e dos
Estados Unidos vêm alertando há meses sobre um possível novo teste nuclear de
Pyongyang, que seria o primeiro desde 2017.( Fonte R 7 Noticias Internacional)
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