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sexta-feira, 22 de julho de 2022

VIDANEWS - Trump deve ser considerado responsável por ataque ao Capitólio, diz comitê do Congresso

Segundo congressista que participa da investigação, o ex-presidente 'abriu o caminho para a anarquia e a corrupção'

Segundo conDonald Trump abriu o caminho para "a anarquia e a corrupção" e deve prestar contas pelo ataque de 6 de janeiro de 2021, declarou nesta quinta-feira (21) Bennie Thompson, presidente do comitê de investigação do Congresso sobre a invasão do Capitólio.O ex-presidente republicano "tentou destruir nossas instituições democráticas", disse Thompson durante audiência que concluiu uma série de apresentações públicas do trabalho do comitê."Ele abriu o caminho para a anarquia e a corrupção", completou o congressista democrata, que está com Covid-19 e participou da audiência por videoconferência.Segundo Thompson, todos os responsáveis pelo ataque, inclusive na Casa Branca, terão que "responder por seus atos perante a Justiça". "Isso terá sérias consequências. Caso contrário, temo que nossa democracia não se recupere."Dois membros da comissão resumiram o dia 6 de janeiro de 2021, vivido "minuto a minuto" por Donald Trump, a quem acusaram de ter "fracassado no seu dever" como comandante em chefe dos EUA por não ter feito "nada" para impedir seus apoiadores de atacar o Capitólio.Foi o ex-presidente que convocou seus apoiadores para irem a Washington no dia em que os membros do Congresso certificaram a vitória de seu rival, o democrata Joe Biden, nas eleições presidenciais.Por volta do meio-dia, em um discurso inflamado no coração da capital, Trump pediu aos apoiadores que "lutassem como o inferno" contra a suposta "fraude eleitoral maciça". Em seguida, voltou para a Casa Branca, enquanto a multidão lançava um ataque ao templo da democracia americana.Trump demorou mais de três horas para pedir aos apoiadores que deixassem o Capitólio. "Eu entendo sua dor", declarou o então presidente dos Estados Unidos em um vídeo postado no Twitter. "Mas vocês têm que voltar para casa agora." "ELE SE NEGOU A AGIR" A audiência desta quinta-feira diante do comitê da Câmara dos Representantes, integrado por sete democratas e dois republicanos malquistos por seu partido, detalhará o que aconteceu entre esses dois discursos. Entrincheirado na sala de jantar privada da Casa Branca, Donald Trump acompanhou o ataque pela televisão "enquanto seus conselheiros próximos e familiares imploravam que ele interviesse", descreveu a congressista democrata Elaine Luria. "Mas o presidente Trump se negou a agir devido a seu desejo egoísta de se manter no poder", completou.Durante todo esse tempo, Trump "não pegou o telefone nem uma vez para ordenar que seu governo" ajudasse a polícia, acusou a republicana Liz Cheney. MAIS TESTEMUNHOS Matthew Pottinger, que serviu no Conselho de Segurança Nacional, e a ex-secretária-adjunta de imprensa da Casa Branca Sarah Matthews foram chamados como testemunhas para relatar o que tinha acontecido nos bastidores naquele dia. Ambos renunciaram após 6 de janeiro.Também se espera que o comitê mostre vídeos extensos do testemunho de Pat Cipollone, ex-assessor jurídico da Casa Branca, que declarou recentemente que Trump deveria ter reconhecido a derrota nas urnas.A audiência deve abordar ainda os esforços feitos pelos assessores de Donald Trump para que o republicano denunciasse em vídeo a violência contra o Capitólio.A sessão pública é a oitava em seis semanas e a segunda transmitida no horário nobre para todo o país. As anteriores focaram, entre outros temas, o papel da extrema direita no ataque ou na pressão exercida por Donald Trump e seus colaboradores sobre os agentes eleitorais.Na semana passada, o comitê examinou o impacto de um tuíte que Trump enviou em 19 de dezembro de 2020 no qual pedia a seus apoiadores que fossem à capital do país em 6 de janeiro para uma manifestação que ele prometeu que seria "selvagem".Integrantes das milícias de extrema direita Proud Boys e Oath Keepers, assim como outros seguidores de Trump, interpretaram a mensagem como um "chamado às armas", segundo os congressistas. Mais de 850 pessoas foram presas pelo ataque ao Congresso, que deixou cinco mortos e 140 policiais feridos.Trump, de 76 anos, que tem dado diversas pistas de que pretende concorrer novamente à Presidência em 2024, teve de submeter-se a um julgamento de impeachment, acusado pela Câmara Baixa de incentivar a insurreição. O magnata foi absolvido pelo Senado.Espera-se que o comitê entregue ao Congresso um relatório com suas descobertas nos próximos meses.A comissão pode emitir recomendações criminais ao Departamento de Justiça, deixando ao procurador-geral Merrick Garland a decisão sobre se Trump ou outros devem ser processados por tentar reverter os resultados das eleições de 2020.( Fonte R 7 Noticias Internacional)

                                                                                                                       

 

 

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