Advogado é acusado pelo Ministério Público do DF de ofender e agredir funcionária de uma pizzaria pela cor da pele dela.
O advogado Frederick Wassef se
tornou réu em ação judicial na qual é investigado pelo crime de injúria
preconceituosa. A decisão da Justiça do DF, publicada nesta
quinta-feira (17), acolheu a denúncia do Ministério Público (MPDFT). O juiz
Omar Dantas Lima, da 3ª Vara Criminal de Brasília, considerou que a denúncia
descreve o crime com todas as suas circunstâncias, identifica o acusado e
também testemunhas. Além disso, há prova da "materialidade e indícios de
autoria que recaem sobre o denunciado".Procurada, a defesa de Frederick
Wassef disse que está "perplexa com a denúncia oferecida pelo Ministério
Público". Os advogados informaram que "havia diligências pendentes no
inquérito, que eram, como de fato são, absolutamente relevantes para o
esclarecimento da verdade, às quais mostrariam sua inocência. Isso viola a
garantia constitucional de defesa, pois o inquérito não pode ser apenas um
instrumento que busque incriminar alguém. Iremos aos tribunais para resgatar a
Constituição”, diz a nota. Durante as
investigações, a defesa de Wassef chegou a afirmar que o caso seria uma
"armação montada" e alegou que a funcionária da pizzaria teria
mentido. Denúncia A denúncia oferecida
pelo MPDFT afirma que, em outubro de 2020, Wassef teve uma postura de
discriminação e preconceito racial contra uma funcionária de uma pizzaria no
Lago Sul, região nobre de Brasília. Na época, a jovem tinha 18 anos. Segundo a
acusação, o advogado ofendeu a dignidade da moça, "valendo-se de elementos
referentes à raça e cor, além de contra ela praticar vias de fato",
segundo o MP. Na ocasião, quando a funcionária foi até a mesa de Wassef para
anotar o pedido, o advogado teria respondido que não queria ser atendido por
ela, por ser negra e ter "cara de sonsa". Depois disso, Wassef ainda
teria segurado a garçonete pelo braço e a arrastado até o balcão do
estabelecimento, onde as pizzas eram feitas. No mês seguinte, Wassef
voltou à pizzaria. A mesma atendende foi até ele para anotar o pedido, mas
Wassef a teria ignorado, e outra garçonete foi concluir o serviço. Depois de
comer, Wassef ainda reclamou da pizza, e de novo teria ofendido a funcionária com
termos preconceituosos. Ele teria dito à garçonete: "Você é uma macaca!
Você come o que te derem!”.O MPDFT pede a condenação de Wassef por injúria
racial. A pena varia de um a três anos de prisão e multa. A promotora Mariana
Silva Nunes, que assina a denúncia, pede ainda o pagamento de uma indenização
de R$ 20 mil à vítima e R$ 30 mil a serem doados a uma instituição que atua no
combate à discriminação racial, que deve ser indicada pelo MPDFT.( Fonte R 7
Noticias Brasil)
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