Governo americano sugeriu discutir a implantação de mísseis na Europa e as limitações mútuas das manobras militares.
Os Estados Unidos anunciaram, nesta quinta-feira (17), que
receberam a resposta da Rússia por escrito às suas propostas de negociações
sobre segurança na Europa para neutralizar a crise sobre a Ucrânia.A resposta
foi entregue ao embaixador dos Estados Unidos na Rússia, John Sullivan, disse
um funcionário de alto escalão do governo americano. Nesta quarta-feira (16), o
Departamento de Estado americano reafirmou que o secretário Antony Blinken
estava pronto para se reunir com seu homólogo russo, Serguei Lavrov, uma vez
que essa carta tivesse sido recebida e analisada.E, hoje, o ministro das
Relações Exteriores russo prometeu tornar "público" o conteúdo da
carta de Moscou.Washington apresentou suas propostas escritas em 26 de janeiro,
rejeitando as principais demandas russas formuladas em rascunhos de tratados
apresentados em dezembro passado. Entre elas, está a garantia formal de que a
Ucrânia nunca ingressará na Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte),
assim como a da retirada de algumas forças da Aliança Atlântica estacionadas às
portas da Rússia. Os Estados Unidos propõem, por sua vez, discussões sobre a
implantação de mísseis na Europa e sobre limitações mútuas das manobras
militares.A mensagem americana de janeiro sugere "compromissos recíprocos,
por parte de Estados Unidos e Rússia, de não implantar sistemas de lançamento
de mísseis ofensivos terrestres e forças de combate permanentes em território
ucraniano".Washington também propõe que Moscou inspecione certas
infraestruturas militares que lhe dizem respeito na Europa e garante que está
pronto a discutir a "indivisibilidade da segurança".O Kremlin se
baseia nesse conceito para exigir a retirada da Otan de sua vizinhança,
argumentando que a segurança de uns não pode ser alcançada à custa da dos
demais, ainda que reconheça o direito de cada Estado, e, portanto, da Ucrânia,
de escolher suas alianças.Depois de enviar a carta, a Rússia ameaçou reagir,
incluindo a opção militar na mesa, se os Estados Unidos rejeitarem suas
principais exigências de segurança. Reforçou, nesse sentido, que deseja a
retirada das forças americanas estacionadas na Europa Central e Oriental e dos
países bálticos."Se não houver uma disposição por parte dos Estados Unidos
de nos entendermos em relação às garantias legais para nossa segurança (...) a
Rússia se verá obrigada a agir, aplicando, sobretudo, medidas de caráter
militar e técnico", frisou o ministério em sua resposta aos EUA.Ainda
nesta quinta, o Departamento de Estado informou que a Rússia
"expulsou" o número 2 de sua embaixada em Moscou."Pedimos à
Rússia que acabe com as expulsões infundadas de diplomatas americanos" e
"estamos estudando nossa resposta", disse um porta-voz do
departamento à AFP.( Fonte R 7 Noticias Internacional)
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