Defesa do ex-juiz Sergio Moro questionou o fato de não
ter sido informada previamente sobre a data do depoimento .
O ministro Alexandre de Moraes, do STF
(Supremo Tribunal Federal), negou nesta quinta-feira (2) o pedido do
ex-juiz e ex-ministro da Justiça Sergio Moro para invalidar o depoimento realizado
em 3 de novembro pelo presidente Jair Bolsonaro. O depoimento faz parte do inquérito sobre a suposta
tentativa de interferência, por parte de Bolsonaro, na Polícia Federal nas
investigações sobre atos dos filhos e de outras pessoas ligadas ao presidente. Em
8 de novembro, a defesa do ex-juiz Sergio Moro
solicitou, em petição protocolada no STF, um posicionamento da PGR sobre o depoimento do presidente Jair Bolsonaro à
Polícia Federal. A defesa de Moro questionou o fato de não ter havido
comunicação prévia de 48 horas sobre a oitiva, além de o depoimento de
Bolsonaro ter sido colhido em audiência reservada, presidida pela autoridade
policial em período noturno, sem participação dos advogados de Moro nem da
Procuradoria-Geral da República. Segundo eles, foi dado tratamento desigual ao
dispensado ao ex-juiz. A decisão de Moraes, no entanto, afirma que
"o Ministério Público Federal, titular da ação penal pública e
destinatário da prova colhida, não vislumbrou qualquer irregularidade no
procedimento adotado pela autoridade policial para a oitiva do presidente da
República". Ainda de acordo com a decisão de Moraes, "as
oitivas conduzidas nesta investigação foram objeto das duas decisões referidas,
publicadas em 24/8/2021 e 7/10/2021, não havendo, por parte da defesa de Moro,
qualquer manifestação ou questionamento e, consequentemente, tendo ocorrido
preclusão sobre a matéria." A decisão destaca ainda que a PGR, outra
destinatária das provas colhidas nos autos, não viu nenhum prejuízo à
investigação. ( Fonte R 7 Noticias Brasil)
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