Réu recebeu pena de 34 anos de prisão por assassinato de
jovem de 18 anos; crime teria sido estopim para emboscada contra juíza.
Um dos ex-PMs condenados pelo assassinato da juíza Patrícia Acioli foi condenado por mais um homicídio nesta
quarta-feira (17). O crime teria sido o estopim para a execução da magistrada, dez anos atrás. O
policial militar Sammy dos Santos Quintanilha recebeu uma pena de 34 anos de
prisão e 120 dias de multa pelos crimes de homicídio e fraude processual.
Na sentença, a juíza Tula Corrêa, do I Tribunal do Júri, negou ao réu o direito
de recorrer em liberdade.A magistrada ressaltou que o homicídio ocorreu por
"justiçamento" decorrente de atividade de extermínio, e que Sammy o
praticou no exercício de sua função de policial militar.A vítima foi Diego, um
jovem de 18 anos, com comprometimento mental. De acordo com a família, a mãe
ouviu os gritos do rapaz, mas foi impedida de se aproximar do jovem em seus
últimos momentos de vida. "A vítima, sem qualquer mácula, recebe a pecha
de traficante, soldado do tráfico, armado com uma colt 45, versão sustentada em
mais uma tentativa de impunidade", salientou a juíza Tula Corrêa.Na
decisão, a magistrada também citou que o caso teria sido o estopim para a
execução da juíza Patrícia Acioli, ocorrida horas depois e em razão da decisão
de decretação de prisão dos acusados pela morte de Diego.“Trata-se do feito em
que policiais militares, ainda no exercício de relevante função pública,
tentaram se sobrepor à força da Justiça. Prepararam uma emboscada e executaram
com 21 tiros a juíza Patrícia Acioli, na equivocada crença de que o Poder
Judiciário recuaria da tutela dos direitos humanos que a magistrada promoveu
até sua última decisão: a da prisão preventiva de todos os acusados neste
feito”, relatou a juíza.Também condenado pela morte da
magistrada, Jovanis Falcão Junior foi absolvido pelos jurados do I
Tribunal do Júri da capital no processo sobre o homicídio de Diego.Assassinato de Patrícia Acioli completa dez anosO assassinato da juíza
Patrícia Lourival Acioli completou dez anos no
dia 11 de agosto de 2021. Ela foi morta com 21 tiros em uma emboscada na frente
de sua casa, em Piratininga, Niterói, região metropolitana do Rio de Janeiro.A
magistrada foi assassinada aos 47 anos. Ela era titular da 4ª Vara Criminal de
São Gonçalo e estava sem escolta oficial. Seus três filhos estavam em casa no
momento do crime.Patrícia mandou prender mais de 60 policiais militares e atuou
em diversos processos em que agentes de São Gonçalo eram acusados de forjar
autos de resistência, isto é, mortes de suspeitos em confronto com a polícia.Ao
todo, 11 policiais foram condenados no crime, dois oficiais e nove praças. Os
dois oficiais ainda estão na Polícia Militar, recebendo salário. Os praças
foram expulsos da corporação.( Fonte R 7 Noticias Brasil)*Estagiário do R7, sob supervisão de Bruna Oliveira
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