OMS teme que sanções contra nações do sul da África
façam com que nova cepas não sejam comunicadas por governos.
A África do Sul pediu nesta segunda-feira (29), na reunião
extraordinária da OMS (Organização Mundial da Saúde), que os países
reconsiderem a decisão de proibir viagens ao território sul-africano após o
anúncio da descoberta da nova variante da Ômicron, compreendam que se trata de
uma medida ineficaz e voltem atrás."Estamos decepcionados por alguns
países terem imposto injustificadamente proibições de viagem que nos afetam e
nos preocupa que a lista continue crescendo, o que é discriminatório",
disse o ministro da Saúde sul-africano, Joe
Phaahla. O ministro lembrou que a proibição de viajar não
foi imposta a outros países onde a variante Ômicron também foi encontrada.
Botsuana e África do Sul foram os primeiros a relatar recentemente o aparecimento
de uma nova variante do coronavírus, o que levou ao cancelamento de voos e à
quarentena dos cidadãos em outros países, entre outras medidas. Phaahla
argumentou que em vez de serem recompensados pela rapidez e a vigilância
epidemiológica, ambos os países estão sendo punidos. A OMS teme que isto
desincentive outros países a relatar possíveis novas variantes devido às
consequências para eles.O ministro Phaahla enfatizou que a OMS declarou em
várias ocasiões nos últimos dois anos que a imposição de restrições de viagem
não tem resultados significativos na redução da propagação do vírus e que as
principais medidas de prevenção, como vacinação, utilização de máscaras,
distanciamento social, ventilação de locais fechados e evitar multidões, devem
ser aplicadas. A OMS abriu nesta segunda-feira uma assembleia extraordinária na
qual os membros decidirão se devem avançar para negociar um tratado
internacional de preparação e resposta a uma pandemia para corrigir os erros
que o mundo cometeu na atual crise da Covid-19.( Fonte R 7 Noticias
Internacional)
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