Diplomata representa o país asiático na ONU e se opõe à junta
militar que tomou o poder após um golpe de Estado.
Autoridades dos Estados Unidos anunciaram, nesta sexta-feira (6), que dois cidadãos de Mianmar foram presos em Nova York acusados de planejar um ataque contra o embaixador do país asiático na ONU, um diplomata que se opõe à junta militar que tomou o poder neste ano em golpe de Estado. Em comunicado, a Procuradoria Federal de Manhattan divulgou a detenção de Phyo Hein Htut e Ye Heinz Zaw, que se encontrarão com um juiz ainda nesta sexta-feira. Ambos são acusados de "conspirar para ferir seriamente ou matar o embaixador de Mianmar nas Nações Unidas", em ataque que previam realizar em solo americano, segundo a procuradora Audrey Strauss. De acordo com as autoridades, após receberem informação sobre uma ameaça ao diplomata, as forças de segurança trabalharam rapidamente para identificar os dois homens supostamente contratados para o ataque. Segundo a acusação, um traficante de armas com base na Tailândia e que vende armamento ao Exército de Mianmar entrou em contato com Htut em julho para ele se encarregasse de contratar sicários para atacarem o embaixador, Kyaw Moe Tun, em Nova York. Nas conversas, pactuaram um plano segundo o qual o diplomata seria atacado para ser forçado a renunciar. Caso não se demitisse, seria assassinado, segundo os procuradores. Pouco depois, o outro detido transferiu cerca de US$ 4 mil a Htut como pagamento adiantado para a realização do plano, seguidos de mais US$ 1 mil e a promessa de novas quantias pedidas pelos contratados. Os dois são acusados de conspiração para atacar violentamente um funcionário de governo estrangeiro, crime que tem como pena máxima cinco anos de prisão. O embaixador de Mianmar na ONU foi nomeado pelo governo deposto neste ano pelos militares e, depois de criticar abertamente o golpe de Estado em discurso, foi destituído pelo Exército. Entretanto, Kyaw Moe Tun continuou defendendo ser o representante legítimo de Mianmar e ainda é reconhecido pela ONU, à espera de uma decisão no mês que vem sobre suas credenciais após a destituição por parte das autoridades do país.( Fonte R 7 Noticias Internacional)
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