CPI
ouvirá nesta sexta mais um servidor da Saúde sobre compra da Covaxin.
O servidor do Ministério da Saúde Willian Amorim
Santana será a próxima testemunha a ser ouvida pela CPI da Pandemia nesta
sexta-feira (9). A reunião está marcada para 9h. A pedido do senador
Randolfe Rodrigues (Rede-AP), os parlamentares esperam que Willian dê
informações sobre o contrato celebrado entre a União e a Bharat Biotech,
representada no Brasil pela Precisa Medicamentos para o fornecimento de 20
milhões de doses da vacina Covaxin. "O convocado é servidor do
Ministério da Saúde e, nessa condição, tem conhecimento de informações
relevantes sobre esse contrato, daí a importância do depoimento", destacou
Randolfe em seu requerimento. Willian Santana é técnico da divisão de
importação do ministério e o nome dele foi citado na CPI pela fiscal de contratos
da pasta Regina Célia Oliveira na terça-feira (6). Na
ocasião, a senadora Simone Tebet (MDB-MS), ao descobrir que teria sido Willian
o responsável por avisar à Precisa que as invoices (espécie de faturas
para negociações internacionais) estavam com irregularidades, também defendeu a
convocação do servidor. A testemunha a ser ouvida nesta sexta-feira é
subordinada a Luis Ricardo Miranda, que já depôs à comissão e disse que sofreu
"pressão atípica" de seus superiores hierárquicos para aprovação
rápida da negociação com a Bharat. Luis Ricardo Miranda contou também aos
senadores que na análise das invoices foram encontradas informações
diferentes daquelas do texto original do contrato. Algumas dessas divergências:
a forma de pagamento, a quantidade de doses e a indicação de uma empresa
intermediária, a Madison Biotech, com sede em Cingapura. Por isso, foi
solicitada a correção dessas discrepâncias. Wilson Witzel A
previsão inicial da comissão para sexta-feira era enviar alguns senadores ao
Rio de Janeiro para ouvirem, em reunião reservada, o ex-governador Wilson
Witzel. Em depoimento à comissão, no dia 16 de junho,
ele disse aos senadores ter "fatos graves" a relatar e
garantiu que a corrupção na área da saúde do estado continuou após seu
impeachment. Mas, depois da oitiva de Regina Célia, o comando da comissão
decidiu priorizar esta semana linha de investigação sobre a compra da Covaxin. (Fonte:
Agência Senado)
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