Martine Moise foi baleada durante ataque que matou presidente do país; filha de Jovenel estava na casa, mas conseguiu se esconder.
A primeira-dama do Haiti, Martine Moise, chegou nesta quarta-feira de ambulância aérea ao aeroporto executivo de Fort Lauderdale (EUA) e foi levada em seguida para a vizinha Miami, onde ficará hospitalizada para receber tratamento devido aos ferimentos graves que sofreu no atentado a tiros que matou seu marido, o presidente Jovenel Moise. O embaixador do Haiti em Washington, Bocchit Edmond, já havia conversado com alguns veículos de imprensa sobre a possível transferência da primeira-dama para os EUA. Segundo a rede de televisão Local10, a primeira-dama tem sinais vitais estáveis, mas "críticos", e ficará internada no Baptist Hospital, em Miami. Segundo o primeiro-ministro haitiano, Claude Joseph, ela está fora de perigo e em situação "estável". O ataque aconteceu dentro da residência da família durante a madrugada de quarta-feira (7). A filha do presidente, Jomarlie, estava em casa durante o ataque, mas conseguiu se esconder, disse o juiz Carl Henry Destin ao jornal Le Nouvelliste. "O escritório e o quarto foram saqueados. Nós o encontramos deitado de costas, calça azul, camisa branca manchada de sangue, boca aberta, olho esquerdo perfurado", descreveu o magistrado. O grupo envolvido no assassinato do presidente foi encontrado na noite de quarta-feira. A polícia matou 4 dos criminosos e prendeu outros 2. Ainda não foram divulgadas as identidades dos homens e nem a motivação do crime. Crise no país Vindo do mundo dos negócios, Moise, de 53 anos, foi eleito presidente em 2016 com a promessa de desenvolver a economia do país. Assumiu o cargo em fevereiro de 2017. Embora tenha trabalhado em vários setores econômicos, incluindo a plantação de banana, tinha pouca experiência política quando foi eleito. O Haiti está mergulhado em uma espiral de violência. Os sequestros praticados por grupos criminosos se tornou rotina. Moise foi criticado por sua inércia em face da crise e sofria com a desconfiança de grande parte da sociedade civil. Durante seu mandato, o presidente nomeou sete primeiros-ministros. O último foi Ariel Henry, que deveria tomar posse em breve. Governando por decreto desde janeiro de 2020, sem Parlamento e com a duração de seu mandato em xeque, Moise implantou uma reforma institucional para reforçar as prerrogativas do Executivo. Um referendo constitucional deveria ter sido realizado em abril, mas foi adiado para 27 de junho e, mais uma vez, para 26 de setembro.( Fonte R 7 Noticias Internacional)
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