Malásia detém 270 refugiados
rohingya que estavam dois meses à deriva.
Ativistas de direitos humanos afirmam
que embarcação tinha 500 pessoas no início da viagem em Bangladesh.
A Malásia deteve cerca de 270 refugiados rohingya que estavam à
deriva em alto mar há quase dois meses por causa dos bloqueios impostos para
conter a disseminação do novo coronavírus, segundo a BBC. Os refugiados teriam saído de Bangladesh no início de abril, mas não
conseguiram atracar. Cerca de 50 deles pularam na água e tentaram nadar até a
costa, quando o barco foi interceptado pela guarda costeira malaia na segunda
(8). Ativistas de direitos humanos, que estavam em contato com o barco,
afirmaram que havia cerca de 500 pessoas a bordo quando a embarcação deixou
Bangladesh. Muitos muçulmanos rohingya, que fogem da perseguição em Mianmar, já
entraram no país em busca de refúgio. Nos últimos meses, alegando medida de
controle do novo coronavírus, a Malásia proibiu o desembarque
de embarcações de refugiados. As autoridades malaias afirmam que foram
interceptados 22 barcos de refugiados rohingya só neste
ano. Todas as embarcações retornaram aos seus pontos de origem. Perseguição Há anos,
os rohingyas, uma das minorias étnicas de Mianmar, enfrentam perseguição em seu
país. Eles são muçulmanos em uma nação majoritariamente budista. O último grande êxodo do grupo para
Bangladesh começou em 2017. Militantes de um grupo rebelde rohingya lançaram
ataques contra postos policiais e agravou uma política considerada de “limpeza
étnica” por órgãos internacionais. Em maio, o governo de Mianmar enviou à Corte
Internacional de Justiça das Nações Unidas um relatório sobre
medidas de proteção à minoria rohingya no país. A Gâmbia, país de maioria
muçulmana na África Ocidenteal, entrou com uma ação contra Mianmar na corte, em
novembro do ano passado. A acusação é a de que há um genocídio em andamento
contra os rohingya, após a expulsão de mais de 730 mil pessoas de seu
território. Os juízes da corte impuseram medidas provisórias para que Mianmar
protegesse as provas dos crimes e prevenisse atos de violência. Também pedem
atualizações do país a cada seis meses.( Fonte A Referencia Noticias
Internacional)
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