Campo de refugiados em Bangladesh
registra 1º caso de Covid-19.
Refugiado Rohingya e bengali testaram
positivo para a doença e foram isolados nesta quinta.
O campo de refugiados rohingya em Cox’s Bazar, leste de
Bangladesh, registrou o primeiro caso do novo
coronavírus nesta quinta (14). O local abriga cerca de 860 mil muçulmanos
rohingya e outros 400 mil bengalis vivem nas proximidades. Segundo as
autoridades de Bangladesh, um refugiado recebeu diagnóstico positivo
para a doença no acampamento de Kutupalong. Um membro da comunidade local de
acolhimento também teve a infecção confirmada. Ambos estariam isolados. Os testes no distrito de Cox’s Bazar, onde
fica o acampamento, começaram no início de abril. Até esta quinta, 108
refugiados haviam sido testados pelas equipes. De acordo com o Acnur (Alto Comissariado das Nações
Unidas para os Refugiados), mais de 3 mil refugiados voluntários foram
treinados a lidar com o coronavírus. Todos trabalham no campo para espalhar as
mensagens de prevenção. Em todo seu território, Bangladesh já registrou 18,8
mil casos do coronavírus e 283 mortes. Os dados foram
divulgados pela OMS (Organização Mundial da Saúde) nesta sexta (15).
Preocupação Os trabalhadores humanitários têm
alertados sobre os perigos da chegada do novo coronavírus em áreas densamente
povoadas, como acampamentos para refugiados. De acordo com informações da
agência de notícias Associated Press, os 34
campos de refugiados da região têm densidade populacional 40 vezes maiores que
a média de Bangladesh. Cada barraca tem apenas 10 metros quadrados e muitas
abrigam até 12 moradores. RohingyaA
maioria dos muçulmanos rohingya fugiu do vizinho Mianmar e ocupam a região
desde 2017. Naquele ano, os militares birmaneses lançaram operações contra
ataques rebeldes. As autoridades birmanesas consideram os rohingya como
migrantes de Bangladesh, embora muitas famílias vivam no país – de maioria
budista – há séculos. Boa parte teve a cidadania negada a partir de 1982,
tornando-se apátridas. As forças de segurança de Mianmar são acusados de atos
como assassinatos e queima de milhares de casas. Aos rohingya também foram
negados livre circulação e outros direitos básicos, como o acesso à educação.(
Fonte A Referencia Noticias Internacional)
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