Coronavírus pode fechar 2,7
milhões de empresas na América Latina e no Caribe.
Segundo a Cepal, órgão econômico da
ONU, portas fechadas devem resultar na perda de 8,5 milhões de empregos.
A pandemia do novo coronavírus pode
levar ao fechamento de cerca de 2,7 milhões de empresas nos países da América
Latina e do Caribe, de acordo com estudo da Cepal (Comissão
Econômica para a América Latina e o Caribe). A pesquisa, divulgado nesta quinta
(2), conclui que os fechamentos devem resultar na perda de 8,5 milhões de
empregos. A maioria das empresas da região está registrando grandes quedas na renda. As dificuldades
para manter suas atividades são generalizadas, por não conseguirem manter
obrigações salariais e financeiras. A comissão também aponta a dificuldade
desses negócios de obter acesso a financiamentos para
capital de giro. O estudo identifica o comércio atacadista e
varejista, atividades comunitárias, sociais e pessoais, hotéis e restaurantes,
atividades imobiliárias, comerciais e de aluguel e manufatura como as áreas
mais afetadas pela crise de saúde global. Segundo a Cepal, a pandemia está
atingindo severamente setores que geram mais de um terço do emprego formal, e
um quarto do PIB da região. A
comissão acredita que, caso não sejam implementadas políticas adequadas para
socorrer essas empresas, é muito provável que os países da América Latina e
Caribe regridam em termos de diversificação e sofisticação da atividade econômica e
produtiva. Micro,
pequenas e médias empresas Ainda de acordo com o
estudo, as micro, pequenas e médias empresas são
as mais afetadas. Da projeção de fechamento de 2,7 milhões de empresas, 2,6
milhões são microempresas. O tamanho do impacto varia de acordo com o setor.
Para o comércio, por exemplo, é previsto o fechamento de 1,4 milhões de
empresas e a perda de quatro milhões de empregos formais. Já
o turismo, um dos setores
mais afetados pela pandemia em todo o mundo, perderá pelo menos 290 mil
empresas e um milhão de empregos. A partir de março deste ano, os governos dos
países da região tomaram 351 medidas para sustentar a estrutura produtiva.
Entre eles há medidas de crédito, ajuda direta, proteção ao emprego e apoio à
produção e exportação. Propostas A agência
da ONU propôs um conjunto de medidas para evitar o agravamento desse cenário.
Entre elas, está a ampliação dos termos e alcance das linhas de intervenção, em
termos de liquidez e financiamento para as empresas. A Cepal recomendou ainda o
cofinanciamento das folhas de pagamento das empresas por seis meses, além de
garantir transferências diretas para trabalhadores autônomos.
A última proposta aponta o apoio a grandes empresas de setores estratégicos que
são severamente afetados pela pandemia do Covid-19. Anteriormente, a
comissão já havia incentivado o fornecimento de uma renda básica emergencial
por seis meses a toda a população em situação de pobreza na América Latina e
Caribe.( Fonte A Referencia Noticias Internacional)
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