Eduardo Cunha vira réu por propinas no setor da aviação.
Em esquema com empresários, ex-deputado e ex-vice-governador do DF
teriam aprovado leis reduzindo impostos sobre combustíveis.
A Justiça de Brasília aceitou
a denúncia oferecida pelo Ministério Público do Distrito Federal contra o ex-presidente
da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, o ex-vice-governador do DF,
Tadeu Filippelli, e outras cinco pessoas acusadas de participação em um suposto
esquema de propinas para baixar impostos em combustíveis da aviação. Com a
decisão, o grupo virou réu em um processo por corrupção e lavagem de dinheiro. "Os
elementos indiciários autorizam a abertura da ação penal em relação aos crimes
imputados aos denunciados acima referidos, eis que há elementos de informação
sobre as materialidades delitivas e indícios de autorias”, escreveu o juiz
Fernando Brandini Barbagalo, da 7ª Vara Criminal de Brasília. Réus Eduardo
Cunha - denunciado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro; Tadeu
Filippelli, apontado como intermediário entre as empresas aéreas e o governo do
DF - denunciado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro; Lúcio Funaro,
apontado como operador dos pagamentos - denunciado por corrupção passiva e
lavagem de dinheiro; Afrânio Roberto de Souza Filho, apontado como operador dos
pagamentos - denunciado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro; Henrique
Constantino, cofundador da Gol Linhas Aéreas - denunciado por corrupção ativa; Altair
Alves Pinto, apontado como operador dos pagamentos - denunciado por lavagem de
dinheiro; Sidney Roberto Szabo, apontado como operador dos pagamentos -
denunciado por lavagem de dinheiro. A denúncia em questão foi apresentada na
esteira da Operação Antonov, aberta em fevereiro a partir da delação premiada
de Lúcio Funaro ao Ministério Público Federal. Na ocasião, a Polícia Federal
fez buscas em endereços
ligados aos investigados que também tiveram os sigilos fiscal e
bancário quebrados por determinação da Justiça. A partir dos elementos
reunidos, os promotores concluíram que, entre 2012 e 2014, as companhias Latam
e Gol fizeram pagamentos milionários para alterar uma lei distrital e reduzir a
alíquota de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) do
querosene da aviação de 25% para 12%. O dinheiro teria sido repassado através
de contratos falsos de prestação de serviços firmados com empresas controladas
por operadores dos políticos. Cofundador da Gol Linhas Aéreas, o empresário
Henrique Constantino se apresentou como colaborador no caso e admitiu as
propinas. A companhia também teria feito pagamentos em troca da liberação de
empréstimo na Caixa Econômica e da desoneração da folha de pagamento dos
empregados do setor aéreo e rodoviário. COM A PALAVRA, A DEFESA DE EDUARDO CUNHAA
reportagem entrou em contato com os advogados do ex-presidente da Câmara e
aguarda resposta. O espaço está aberto para manifestação. COM A PALAVRA, A
DEFESA DE TADEU FILIPELLI "A defesa vai ter a oportunidade de contraditar
e, assim, comprovar a inocência do vice-governador.”( Fonte R 7 Noticias Brasil)
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