Na Somália, grupos isolam capital
em meio a confrontos contra governo.
Soldados amotinados isolaram partes
da capital e iniciaram campanha de violência para forçar a saída do presidente.
Os
confrontos entre combatentes da oposição e tropas do governo da Somália já dividem a
capital do país, Mogadíscio. Segundo a agência francesa AFP,
grupos armados dominaram regiões da cidade nesta segunda (26), um dia após a
eclosão de protestos violentos contra a decisão do presidente Mohamed
Abdullahi Farmajo de estender seu mandato por mais dois anos. Combatentes
usaram montes de terra para fechar estradas e homens armados com metralhadoras
estacionaram seus carros em “fortalezas” construídas para afastar a polícia. Há
confirmação de três mortos desde domingo (25), reportou a France24.
A tensão em ebulição na capital forçou o primeiro-ministro Mohamed Hussein Roble
a pedir um
cessar-fogo e convidar as partes para uma reunião de
emergência. Ele exortou as forças de segurança a “não se misturarem com a
política”. No domingo, soldados
amotinados ainda de farda assumiram posições-chave na cidade e
iniciaram um tiroteio pela renúncia do presidente. É provável que o grupo tenha
vindo de bases militares de fora da capital, apontou o norte-americano “The New York
Times”. A maioria pertence ao clã dos ex-presidentes Sheikh Mohamud
e Sharif Sheikh Ahmed, que já prometeram destituir Farmajo caso não renuncie ou
retome as negociações sobre o adiamento das
eleições. No poder desde 2017, Farmajo viu confrontos aumentarem
depois que o Parlamento da Somália aprovou a
prorrogação de dois anos em seu mandato. Conflito étnico e
político A eleição para a escolha do próximo
presidente deveria acontecer em fevereiro, mas foi adiada em
meio a disputas entre o governo federal e os estados de Puntland e Jubbaland,
redutos da oposição. O pleito seria a primeira eleição direta desde
o início da guerra civil, em 1991. Ataques do grupo terrorista Al-Shabaab,
porém, atrasaram os preparativos e o governo passou a defender uma nova eleição
indireta, onde um conselho de anciãos e clãs somalis escolheriam o novo
mandatário. “Farmajo é um ditador”, disse o comandante militar Abdulkadkir
Mohamed Warsame, que lidera o motim e apoia o ex-primeiro-ministro e opositor
Hassan Ali Khaire. “Ele quer permanecer no poder à força. Somos contra isso e
continuaremos lutando até que ele saia”.( Fonte A Referencia Noticias
Internacional)
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