Presidente do Irã diz que armas químicas mataram pessoas na Síria
DUBAI, 24 Ago (Reuters) - O presidente iraniano, Hassan Rouhani, disse neste sábado que armas químicas mataram pessoas na Síria e apelou à comunidade internacional para que impeça o uso do armamento.
Rouhani não afirmou quem ele considera que usou as armas, mas o ministério iraniano de Relações Exteriores disse neste sábado que as evidências apontam para rebeldes que combatem o presidente sírio, Bashar al-Assad.
Rouhani não mencionou o furor internacional sobre os relatos da oposição síria de que forças do governo haviam matado cerca de mil civis com gás em Damasco na quarta-feira.
"Muitas das pessoas inocentes da Síria foram feridas e martirizadas por agentes químicos, e isso é lamentável", declarou Rouhani, o presidente recentemente eleito no Irã, segundo a agência de notícias iraniana Isna.
"Nós condenamos completa e fortemente o uso de armas químicas porque a República Islâmica do Irã é também vítima de armas químicas", afirmou ele, de acordo com a agência.
O Irã foi alvo de ataques com armas químicas lançados por forças iraquianas durante a Guerra Irã-Iraque (1980-1988).
"A República Islâmica avisa a comunidade internacional para que use todo o seu poder a fim de evitar o uso dessas armas em qualquer parte do mundo, especialmente na Síria", disse Rouhani.
A Rússia, outro grande aliado do governo sírio, sugeriu que os rebeldes possam estar por trás do ataque.
O porta-voz do ministério de Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, disse que o Irã acredita que os rebeldes estejam por trás do ataque e que o Irã está em contato com a Síria e outros países para descobrir o que aconteceu.
O levante contra quatro décadas de regime da família Assad se transformou em uma guerra civil que já matou mais de 100 mil pessoas.
Potências estrangeiras têm dito que o uso de armas químicas poderia mudar os cálculos em termos de intervenção e pediram que o governo sírio permita que uma equipe de especialistas da ONU examine o local dos relatos sobre o suposto ataque de quarta-feira.(fonte Reuters Brasil)
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