Câmara divulga lista de agraciadas com o prêmio Mulheres na Ciência 2024.
A Câmara dos Deputados
realiza no dia 15 de maio, às 16 horas, no Salão Nobre, a cerimônia de entrega
do prêmio Mulheres na Ciência Amélia Império Hamburger 2024. A premiação é
concedida anualmente a três cientistas que se destacam por suas contribuições para
a pesquisa científica nas áreas de ciências exatas, ciências naturais e
ciências humanas. É um reconhecimento da Casa à excelência da participação
feminina na solução dos grandes desafios da humanidade e um estímulo à
capacitação de mais mulheres cientistas. As escolhidas deste ano são: Ethel Leonor Noia Maciel: secretária
de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, considerada uma das
principais personalidades científicas brasileiras na atualidade. Formada pela
Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), com mestrado em Enfermagem de
Saúde Pública pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, doutora em saúde
coletiva/epidemiologia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro e com
pós-doutorado em epidemiologia pela Johns Hopkins University, é professora
titular da Ufes, onde também ocupou o cargo de vice-reitora de 2013 a 2020.
Destacou-se nos estudos e pesquisas da covid-19, período em que lançou o livro
"Mulher na Ciência – Lutar e existir em tempos de pandemia" e criou o
Comitê Operativo de Emergência na Ufes. Lair
Guerra Macedo Rodrigues (In memoriam): falecida em 2024, foi
uma renomada biomédica e pioneira na luta contra as Infecções Sexualmente
Transmissíveis (IST) e a Aids no Brasil. É considerada uma das pessoas mais
importantes do mundo na luta contra a Aids. Formada em Ciências Biomédicas pela
Universidade Federal de Pernambuco, concluiu seu doutorado na Emory University
(EUA) em 1983 e seu mestrado na Universidade de Georgia (EUA) em 1981, com foco
na pesquisa da Chlamydia Trachomatis. Doutora em microbiologia e
infectologista, após atuar como pesquisadora visitante no Center for Disease
Control (CDC) em Atlanta, regressou ao Brasil, onde se tornou professora na
Universidade de Brasília e foi convidada a iniciar o Programa Nacional de
Controle e Combate à Aids do Ministério da Saúde em 1986. Durante seus 10 anos
à frente do programa, obteve recursos do Banco Mundial para treinar
profissionais e implementar políticas de combate à Aids, sendo indicada ao
Prêmio Nobel da Paz em 2004 pela Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. Seu
legado inclui a implementação do tratamento revolucionário para Aids no Brasil,
conhecido como "coquetel", e sua política de distribuição gratuita
pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que influenciou a resposta global à doença. Nara Martini Bigolin: cientista
da computação, filósofa, professora da Universidade Federal de Santa Maria
(UFSM), coordenadora do Movimento Meninas Olímpicas do Brasil e do Torneio
Feminino de Computação. Mãe de 2 filhas e 1 filho, ela é pioneira na luta pela
igualdade de gênero das meninas em olimpíadas de conhecimento na área de Exatas
e na incorporação da Ciência da Computação no currículo de educação básica
pública no Brasil. Possui graduação em Informática (PUC-RS) e em Filosofia
(Universidade Paulista), mestrado em Ciência da Computação (UFRGS) e doutorado
em Inteligência Artificial (Sorbonne Université - Pierre et Marie Curie). Atua
como docente e pesquisadora em várias universidades da França e do Brasil com
mais de 100 publicações. Em 2018, foi condecorada com a Medalha da Ordem
Nacional do Mérito Educativo. Foi eleita a Mulher Cidadã 2018 do RS na
modalidade Educação pela Assembleia Legislativa do RS e recebeu homenagem na
principal olimpíada internacional de matemática do mundo — a IMO 2018. Em 2019,
foi indicada à Medalha Mietta Santiago da Câmara dos Deputados. Em 2021, foi
líder da equipe brasileira que representou o Brasil na Olimpíada Europeia de
Informática para Garotas — EGOI 2021 —, na qual conquistou o ouro. A escolha As
agraciadas foram escolhidas pelo Conselho Deliberativo formado pela
segunda-secretária, pela presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da
Mulher; pela presidente da Comissão de Ciência, Tecnologia e Inovação; e por um
representante de cada partido político com assento na Câmara dos Deputados,
indicado pelo respectivo líder.O nome dado ao prêmio é uma homenagem a Amélia
Império Hamburger, cientista brasileira que se destacou por suas importantes
contribuições para a ciência no Brasil.( Fonte Câmara dos Deputados)
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