Leite afirmou que a chegada de reforços será importante para as demais frentes de atuação, como o reconhecimento de corpos e a reconstrução de estadas. A prioridade neste momento, porém, é o resgate das vítimas.
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O número de mortos
pelas fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul chegou a 75 neste domingo
(5), sétimo dia do temporal que já assolou mais da metade do estado. Com mais
de 510 mil pessoas afetadas pela tragédia -muitas aguardando resgate-, cidades
destruídas, e com previsão de piora das cheias em algumas localidades, o
governador Eduardo Leite (PSDB) afirmou que a região vai precisar de uma
espécie de "Plano Marshall", em referência ao plano dos Estados Unidos
para reconstrução de países aliados após a Segunda Guerra Mundial. Leite
afirmou que a chegada de reforços será importante para as demais frentes de
atuação, como o reconhecimento de corpos e a reconstrução de estadas. A
prioridade neste momento, porém, é o resgate das vítimas. "Tudo o que é possível empregar
está sendo empregado. Vai chegar mais gente. Não porque não tenham chegado
antes porque não quisessem, mas porque essa mobilização leva um tempo",
disse ao ser questionado sobre a ajuda do governo federal nesse esforço. O
presidente Lula (PT) voltará ao estado neste domingo (5) para acompanhar de
perto a crise. Cidades como Canoas e São Leopoldo, na região metropolitana da
capital, vivem um cenário de caos, com áreas alagadas que só podem ser acessadas
por barcos e famílias que estão isoladas aguardando por resgate. O Aeroporto
Internacional Salgado Filho amanheceu com as pistas alagadas e foi fechado por
tempo indeterminado. O nível do rio Guaíba chegou à maior altura de sua
história, ultrapassando os cinco metros, e o transbordamento pode perdurar
pelos próximos dias. De acordo com a Defesa Civil, 317 municípios foram
afetados pela enchente histórica. Ao todo, há 13.324 desabrigados, sendo
acolhidos em alojamentos cedidos pelo poder público e 69.242 desalojados. Um
total de 510.585 pessoas foram afetadas pela tragédia, e 107 ficaram feridas.
Além disso, há 74 pessoas desaparecidas. Ela manhã, órgão informou que há 350
mil imóveis sem energia elétrica no estado e falta abastecimento de água para 441.120
clientes da empresa Corsan. O número de domicílios sem água quase dobrou entre
a noite de sexta e a manhã desta sábado, segundo os boletins do governo. A
prefeitura de Porto Alegre interrompeu a operação de quatro das seis estações
de tratamento de água da cidade e projeta um cenário de racionamento para os
próximos dias. Em entrevista à RBS TV, o prefeito Sebastião Melo (MDB) informou
que o desligamento ocorreu para evitar que os equipamentos fossem danificados.
( Fonte Brasil ao Minutos Noticias)
Nenhum comentário:
Postar um comentário