A população manifesta descontentamento com atual
situação política do país após a queda de Castillo e a ascensão de Boluarte.
O número de mortes confirmadas desde o início
dos protestos
antigovernamentais no Peru subiu para 18 depois que a
Diresa (Direção Regional de Saúde) de Ayacucho, no sul do país, confirmou um
novo óbito ocorrido nos confrontos da última quinta-feira (15) entre
manifestantes e as forças da ordem. "O Centro de Prevenção e Controle de
Emergência e Desastres da Diresa, Rede Huamanga e Hospital Regional de Ayacucho
reporta 52 feridos e 8 mortos como resultado dos confrontos ocorridos ontem, 15
de dezembro, em vários pontos da cidade", disse em nota a Diresa, que no
boletim anterior havia relatado sete mortes. A agência acrescentou que “os 410
estabelecimentos de saúde e hospitais de apoio da região estão em alerta
vermelho, de forma a garantir a presença de pessoal, a disponibilidade de
material médico e o atendimento oportuno dos pacientes”. A Diresa indicou que
os 52 feridos estão sendo atendidos no Hospital Regional de Ayacucho, bem como
em outros estabelecimentos de saúde e no sistema de previdência social da
cidade. “As nossas brigadas de saúde e ambulâncias continuam o seu trabalho de
vigilância em vários pontos da cidade de forma a prestar cuidados de saúde e a
transferência oportuna dos pacientes”, completou. Com esse novo óbito, o
número de mortos nos confrontos de quinta-feira no Peru chegou a dez, o que
elevou o total de mortos para 18 desde que os protestos começaram, no último
domingo, para exigir eleições antecipadas, a renúncia da presidente Dina
Boluarte, o fechamento do Congresso e a convocação de uma Assembleia
Constituinte. As dez vítimas desta quinta-feira se somam a outras seis que
morreram no departamento de Apurímac, no sul, uma em Arequipa e outra na região
de La Libertad, no norte.Até agora, não foi divulgada a identidade de todas as
vítimas, mas pelo menos duas delas eram menores de idade. O governo de Boluarte
decretou estado de emergência em nível nacional por 30 dias na última
quarta-feira (14), para controlar os atos de vandalismo e violência cometidos
nos protestos, e na quinta foi decretado um toque de recolher em 15 províncias
de oito departamentos.Em mensagem postada no Twitter, a presidente afirmou que
o país enfrentou "um triste dia de violência" na quinta-feira e
reiterou a "invocação à paz" após as mortes relatadas no primeiro dia
do estado de emergência.Boluarte assumiu a presidência em 7 de dezembro, em
substituição a Pedro Castillo, que foi destituído pelo Congresso depois de ter
ordenado a dissolução do Parlamento e anunciado a formação de um Executivo de
emergência, que governaria por decreto, a convocação de uma Assembleia
Constituinte e a reorganização do Judiciário.( Fonte R 7 Noticias
Internacional)
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