A Abicom afirma que o preço da gasolina está defasado em R$ 0,75 por
litro e o do diesel, em R$ 1,25 por litro.
Com os preços ainda congelados pela Petrobras,
que alega utilizar outra fórmula para medir a defasagem de preços em relação ao
mercado internacional, a Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de
Combustíveis) registrou, no fechamento da quinta-feira (27), preços 20% menores
para o diesel e de 18% para a gasolina no mercado brasileiro.A estatal está há
56 dias sem alterar o preço da gasolina e há 38 dias sem reajustar o diesel. Segundo
apurou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), o
governo pressiona a empresa para manter os preços inalterados pelo menos até o
fim do segundo turno das eleições, no próximo domingo. Para o presidente
da Abicom, Sérgio Araújo, causa surpresa a empresa não fazer reajustes, após
mais de 15 dias de defasagem nos preços dos combustíveis, já que quando o
petróleo caiu de preço, em setembro, a estatal reduziu imediatamente tanto a
gasolina como o diesel. "Eu vejo com surpresa, porque, se olharmos
para algumas semanas atrás, a Petrobras trabalhava com o preço acima da
paridade nos cálculos da Abicom e, naquele momento, reduziu preços e passou a
tangenciar as curvas do PPI (Preço de Paridade de Importação) preparadas por
nós. Então não entendo essa diferença agora", disse Araújo. Na
prática, o executivo afirma que os parâmetros da Abicom bateram com os da
Petrobras para a baixa de preços, e estranha que agora, sob pressão altista, o
mesmo não aconteça. Com os preços atuais, os pequenos importadores associados
da Abicom não têm condições de trazer os combustíveis de fora pela falta de
competitividade.De acordo com levantamento da Abicom, para alinhar os preços
com o mercado internacional as refinarias brasileiras deveriam elevar, em
média, a gasolina em R$ 0,75 por litro e o diesel em R$ 1,25 por litro.Na
Bahia, onde funciona a única refinaria de grande porte privada do País, vendida
pela Petrobras no ano passado, as defasagens são menores. Segundo a Abicom, a
diferença de preços no mercado baiano é de 13% no caso do diesel e de 8% na
gasolina.Principalmente o preço do diesel tem sido pressionado no mercado
externo por causa do início do inverno no Hemisfério Norte, que se soma à queda
de oferta devido à guerra entre a Rússia e a Ucrânia. Mas a gasolina também tem
seguido uma tendência altista pelo aumento de consumo nos Estados Unidos.(
Fonte R 7 Noticias Brasil)
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