O
presidente também pediu apuração contra opositores que, segundo ele, 'agem como
urubus' para tentar prejudicá-lo.
O presidente Jair Bolsonaro
(PL) se manifestou na noite deste domingo (10) sobre o assassinato do militante
do Partido dos Trabalhadores (PT) e guarda municipal Marcelo Aloizio de Arruda,
de 50 anos, morto nesta madrugada pelo policial
penal federal Jorge José da Rocha Guaranho, apoiador de
Bolsonaro. Arruda foi morto em sua festa de aniversário, que tinha a decoração
em alusão ao PT, em Foz do Iguaçu (PR)."Que as autoridades apurem
seriamente o ocorrido e tomem todas as providências cabíveis, assim como contra
caluniadores que agem como urubus para tentar nos prejudicar 24 hora por
dia", escreveu o presidente em suas redes sociais. O assassinato do líder
petista gerou ampla repercussão ao longo do dia, com políticos
e pré-candidatos à Presidência da República se manifestando contra violência
política. Bolsonaro afirmou que "independente das
apurações", deseja reiterar uma mensagem de 2018. "Dispensamos
qualquer tipo de apoio de quem pratica violência contra opositores. A esse tipo
de gente, peço que por coerência mude de lado e apoie a esquerda, que acumula
um histórico inegável de episódios violentos", diz a mensagem.O presidente
escreveu que "é o lado de lá que dá facada, que cospe, que destrói
patrimônio, que solta rojão em cinegrafista, que protege terroristas
internacionais, que desumaniza pessoas com rótulos e pede fogo nelas, que
invade fazendas e mata animais, que empurra um senhor num caminhão em
movimento".O chefe do Executivo ainda se defendeu de afirmações feitas ao
longo do dia, de que ele incentiva a violência contra militantes do PT.
"Falar que não são esses e muitos outros atos violentos mas frases
descontextualizadas que incentivam a violência é atentar contra a inteligência
das pessoas. Nem a pior, nem a mais mal utilizada força de expressão, será mais
grave do que fatos concretos e recorrentes", afirmou. Após a morte de
Arruda, diversas declarações do presidente foram resgatadas, como uma feita
durante a campanha de 2018, no Acre. Na ocasião, ele afirmou, fazendo um gesto
em referência a armas: “Vamos fuzilar a petralhada aqui do Acre, hein? Vamos
botar esses picaretas para correr do Acre".Apoiadores do presidente, por
outro lado, resgataram nas redes sociais uma fala do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na qual ele
agradece um ex-vereador indiciado por agressão, por tê-lo defendido empurrando
um empresário, em 2018. A vítima bateu a cabeça em um caminhão e chegou a ficar
desacordada, com traumatismo craniano.O crime Líder do PT em Foz do Iguaçu,
Marcelo Arruda foi morto na madrugada deste domingo, em sua festa de
aniversário. Ele foi baleado por Jorge Guaranho, e reagiu à agressão, atirando
contra o policial penal, que está internado em estado grave, segundo a
Secretaria de Segurança Pública do Paraná (SESP/PR).O guarda municipal foi
candidato a vice-prefeito da cidade pelo PT nas eleições de 2020. O boletim de
ocorrência da Polícia Civil informa que, segundo relatos de testemunhas,
Guaranho era desconhecido de todos na festa. Ele chegou ao local de carro,
acompanhado de uma mulher e uma criança. Com uma arma em punho, gritou
"Aqui é Bolsonaro" e saiu. Nas redes sociais, o policial penal tem
diversas publicações em apoio ao Presidente da República.Conforme o relato do
boletim de ocorrência, vinte minutos depois o policial penal retornou ainda
armado e sozinho. A esposa do aniversariante, que é policial civil, se identificou
no momento em que Marcelo Arruda também informou que era guarda civil e sacou
sua arma. Foi quando Jorge Guaranho efetuou dois disparos na direção de Arruda,
que mesmo atingido e caído no chão revidou os tiros.A delegada da Polícia Civil
Iane Cardoso explicou que, segundo testemunhas, o policial penal chegou à festa
de Arruda ouvindo uma música que remetia ao presidente Bolsonaro. De acordo com
ela, pelas imagens, é possível observar que Guaranho chegou à festa, falou
alguma coisa enquanto Arruda pedia que ele fosse embora.Guaranho saiu, mas, em
seguida, retornou e falou outra coisa. Quando o policial penal se retirou,
Arruda atirou pedras contra o veículo que ele conduzia, explicou a delegada. O
policial penal, então, disse que iria retornar, o que o fez miniutos depois,
ocasião em que disparou contra o guarda municipal.Inicialmente, a Polícia Civil
afirmou que o Guaranho havia morrido. A informação foi corrigida pela delegada
Iane Cardoso, que disse em
entrevista coletiva que Guaranho está vivo. "O agente
penal não veio a óbito. Ele está em estado estável e foi autuado em flagrante.
O delegado que estava de plantão autuou o indivíduo em flagrante delito. Ele
etá custodiado pela Polícia Militar enquanto recebe auxílio médico", disse.
A SESP-PR informou ainda que a Polícia Civil esteja investigando o caso, com
análise de imagens de câmera de segurança e oitiva de testemunhas. "A
Polícia Científica está atuando no procedimento pericial que auxiliará para que
os fatos sejam esclarecidos e o inquérito policial relatado e encaminhado à
Justiça."( Fonte R 7 Noticias Brasília)
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