A tragédia ambiental, ocorrida em 2019, afetou mais de 2 mil quilômetros do litoral brasileiro e chegou ao Sudeste.
A Polícia Federal (PF) informou, nesta quinta-feira (2/12), que
um navio petroleiro de bandeira grega foi o responsável por causar a
considerada maior tragédia ambiental por derramamento de petróleo da história
do Brasil. As investigações foram concluídas mais
de dois anos após a ocorrência e prevê punições. O vazamento
de 5 mil toneladas de óleo matou milhares de animais e prejudicou
a pesca, atingindo mais de 130 municípios em 11 estados, nove no
Nordeste e dois no Sudeste.
As investigações foram realizadas em parceria com diversos órgãos e
instituições nacionais e internacionais. Os responsáveis foram indiciados
pela prática dos crimes de poluição, descumprimento de obrigação ambiental e
dano a unidades de conservação. A empresa responderá pelo processo, além dos
responsáveis legais, o comandante da embarcação e o chefe de máquinas.Além dos
irreparáveis prejuízos ambientais, o país precisou desembolsar mais de R$
188 milhões para a limpeza das praias e do mar. O valor será
cobrado dos responsáveis pelo vazamento, mas a PF ainda calcula um valor de
dano ambiental. Os laudos serão entregues para o Poder Judiciário Federal do
Rio Grande do Norte e o Ministério Público Federal para a adoção das medidas e
o cumprimento das punições. Frentes de
investigação Segundo a PF, as autoridades se debruçaram em três
frentes. A primeira avaliou as características da substância, a fim de
determinar a procedência do óleo. "Isso se fazia necessário, uma vez que
surgiram diversas teorias sobre a origem do material (vazamento de oleodutos,
plataformas ou reservas naturais, navios em trânsito ou naufragados, costa da
África)", explicou a polícia. Os investigadores também buscaram
identificar o local exato do início do vazamento, com uso de imagens de
satélites e modelos, além de simulações. Para fazerem a conexão, as autoridades
solicitaram dados, documentos e informações. Segundo a PF, houve
"cooperação nacional e internacional, inclusive com apoio da
Interpol". "A Polícia Federal, a partir das provas e demais
elementos de convicção produzidos, concluiu existirem indícios suficientes de
que um navio petroleiro de bandeira grega teria sido o responsável pelo
lançamento da substância oleaginosa que atingiu o litoral brasileiro",
disse o órgão, em nota à imprensa. ( Fonte R 7 Noticias Brasil)
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