Mulá Hibatullah Akhundzada já foi dado como morto e
especulava-se que estava escondido no Paquistão.
Alguns o davam como morto, outros diziam que estava escondido no
Paquistão ou vivendo no subsolo em Kandahar. O misterioso líder supremo do
Talibã, mulá Hibatullah Akhundzada, apareceu em público pela primeira vez desde
sua nomeação, em 2016, anunciou o governo afegão neste domingo (31)."O
comandante dos crentes, o xeque Hibatullah Akhundzada, apareceu diante de uma
grande congregação na famosa madraça Darul Uloom Hakimah e falou por 10 minutos
com seus bravos soldados e discípulos", disse o governo do Talibã em uma
mensagem que acompanha um registro de áudio. No áudio publicado nas redes do
Talibã, o mulá recita orações e bênçãos. De acordo com uma fonte local, o líder
supremo do Talibã chegou à escola corânica em Kandahar acompanhado por um
comboio de dois veículos.Em seu discurso, Akhundzada não fez comentários
políticos e pediu a bênção de Deus sobre a liderança do Talibã. O evento em
Kandahar foi realizado sob fortes medidas de segurança, e a divulgação de fotos
ou vídeos não foi permitida, embora a mídia talibã tenha compartilhado o áudio
de 10 minutos.Ele também ora pelos mártires do movimento, pelos combatentes
feridos e pelo sucesso dos funcionários do Emirado Islâmico neste "grande
teste"."Que Deus recompense o povo do Afeganistão que lutou contra os
infiéis e a opressão por 20 anos", declarou o líder religioso em seu
discurso.Após uma rápida campanha militar, acelerada pelo anúncio da retirada
das tropas dos Estados Unidos do país, o Talibã voltou ao poder em agosto
passado. Com exceção de suas raras mensagens anuais para marcar feriados
islâmicos, o líder do Talibã mantém a maior discrição possível sobre sua vida.Até
a retirada das forças americanas do Afeganistão, em agosto, ninguém sabia onde
ele estava ou se ainda permanecia vivo.Uma única fotografia dele, com barba e
turbante, foi distribuída pelo Talibã.Akhundzada foi nomeado líder do Talibã em
uma rápida transição de comando depois que um ataque de drone dos EUA matou seu
antecessor, o mulá Akhtar Mansour, em 2016.Até então, ele era uma figura
relativamente desconhecida e participava mais de assuntos religiosos e
jurídicos do que de manobras militares.Uma vez no comando, Akhundzada
rapidamente obteve a lealdade do egípcio Ayman al-Zawahiri, o líder da
Al-Qaeda, que o nomeou "emir dos crentes", reforçando sua
credibilidade no universo jihadista e sunita.Em seu papel como líder supremo,
Akhundzada é responsável por manter a união dentro do Talibã, uma missão
complexa devido às lutas internas que fragmentam o movimento islâmico radical.O
Talibã anunciou em setembro passado que seu líder supremo vivia "desde o
início" do retorno ao poder em Kandahar e que ia aparecer "em breve
em público"."Temos reuniões regulares com ele sobre o controle da
situação no Afeganistão e como administrar nosso governo", garantiu na
quarta-feira o governador de Kandahar, o mulá Yusef Wafa."Ele dá conselhos
a todos os líderes do Emirado Islâmico do Afeganistão e seguimos suas regras,
seus conselhos, e, se temos um governo que progride, é graças a ele",
acrescentou.Um "seminário" reunindo altos funcionários do Talibã em
um lugar secreto é organizado atualmente em Kandahar, observou um jornalista da
AFP.( Fonte R 7 Noticias Internacional)
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