Analistas do mercado financeiro preveem avanço menor do
PIB, dólar a R$ 5,50 e juros mais altos ao final deste ano, aponta BC.
Os sinais de que a inflação no Brasil
continua a subir em ritmo acelerado fizeram os
economistas do mercado financeiro consultados semanalmente pelo BC (Banco
Central) elevar pela 30ª semana seguida suas previsões para o IPCA (Índice
Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).Conforme as estimativas
divulgadas nesta segunda-feira (1º), a aposta atual é que o índice oficial de
preços feche 2021 em 9,17%. Na semana passada, as apostas apontavam que a
inflação terminaria o ano em 8,96% e, há quatro semanas, em 8,51%.Os saltos das
estimativas para o índice oficial de preços são impulsionados pelas recentes
altas no preço da energia elétrica e dos combustíveis, que causam um efeito cascata em outros produtos da economia. Ao lado da previsão de maior alta nos preços aparece
uma projeção de que o dólar fechará dezembro em R$ 5,50, patamar R$ 0,05
superior ao estimado na semana passada. Para os preços administrados, tais como
energia e combustíveis e planos médicos, a expectativa é de alta de 15,09%
neste ano.Juros e PIBJ unto com o aumento
nas expectativas para a inflação, os economistas do mercado financeiro elevaram
a projeção para a taxa básica de juros a 9,25% ao ano no fim de 2021.
Atualmente, a Selic figura em 7,75% ao ano, após o salto de 1,5 ponto
percentual anunciado na semana passada.Aumentar a taxa de juros funciona como
um instrumento de política monetária para reduzir a inflação. Isso acontece
porque os juros mais altos encarecem o crédito, reduzem a disposição para
consumir e estimulam novas alternativas de investimento.A movimentação deve
ainda resultar em uma alta
menor do PIB neste e no próximo ano. Conforme as previsões
apresentadas pelo Boletim Focus, a economia brasileira deve crescer 4,94% neste
ano, ante 4,97% previsto na semana passada e 5,04% esperado há um mês. Para
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