ONU: Investigação abre via para
julgamento do Estado Islâmico por crimes internacionais.
Há evidências de crimes de guerra em
embates no Iraque em 2014; membros podem começar a responder já em 2022.
A equipe
de Investigação das Nações Unidas para promover prestação de
contas por crimes cometidos pelo Daesh, também
conhecido como Estado Islâmico
do Iraque e do Levante, afirma haver evidências claras e
convincentes de genocídio contra da minoria yazidi como grupo
religioso. Em documento entregue ao Conselho de Segurança, nesta
segunda (10), o conselheiro
especial Karim Asad Ahmad Khan disse que investigações
criminais independentes recolheram provas confirmando a responsabilidade do
grupo por atos como extermínio, assassinato ou estupro atribuídos
ao Isil. A série de crimes de guerra e contra a
humanidade inclui tortura e escravidão.
Há ainda dados de investigações sobre execuções em massa a cadetes desarmados.
Eles eram predominantemente xiitas e pessoal da Academia Aérea de Tikrit,
também conhecida como Camp Speicher. A reunião no Conselho contou com
a participação da advogada britânica Amal Clooney e da
ativista yazidi e Prêmio Nobel da Paz, Nadia Murad. De
acordo com o conselheiro, “os especialistas identificaram vídeos que comprovam
o crime de incitação direta e
pública ao genocídio dos muçulmanos xiitas”. Na
narração há a exaltação de “imagens horripilantes dessas execuções em massa
contendo uma exortação repetida e clara aos seguidores: ‘Mate-os onde quer que
os encontre’”. Dignidade Com
base em provas coletadas pela equipe, os ataques do
Estado Islâmico constituem crimes de guerra de
homicídio, tortura, tratamento cruel e ofensas à dignidade pessoal. Khan apontou
o avanço rápido de uma nova linha de investigação sobre o desenvolvimento
e a implantação de armas químicas pelo Isil. Os indícios
confirmam o uso de armamentos em laboratórios da Universidade de
Mossul controlados pelo grupo terrorista em 2014. Inicialmente, a
meta seria a transformação do cloro em usinas de tratamento de
água. Posteriormente, o desenvolvimento de compostos
tóxicos letais, incluindo tálio e nicotina, que
eram testados em prisioneiros causando a morte. Em
2016, o Isil implantou um sistema de produção de mostarda de enxofre por meio
do lançamento de 40 foguetes na cidade
xiita de Taza Khurmatu. Tecnologia
avançada O conselheiro especial destacou
que a rápida expansão de arquivos de evidências e o uso de
tecnologia avançada. O processo inclui ferramentas de inteligência
artificial para analisar as informações coletadas, permitiu
grande avanço na ação da equipe. Com base em computadores
e celulares, uma análise ampla dos documentos internos
do Isil, levou a uma compilação com cronogramas
e pessoal de interesse do grupo. O investigador disse
que o progresso na ação definiu uma via para levar membros
do Isil a julgamento por crimes internacionais no Iraque. O
relatório diz que as ações podem começar já em 2022. ( Fonte
A Referencia Noticias Internacional)
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