VOA: Servidores temem retorno ao
trabalho após ataques em Moçambique.
Insurgência terrorista tomou os
distritos do norte do país, onde se concentram grupos ligados ao Estado
Islâmico.
Centenas
de servidores em Moçambique, que vivem nos distritos alvos de ataques
terroristas de Cabo Delgado,
protestam perante avisos das autoridades para o “regresso imediato” aos postos
de trabalho. Eles argumentam que não há condições mínimas de segurança. A
maioria de funcionários fugiu dos
ataques com as suas famílias. Muitos estão deslocados em Pemba
e nas províncias vizinhas de Nampula e Niassa. Depois dos governos distritais
de Muidumbe e Ilha do Ibo terem emitido avisos para a retomada dos funcionários
públicos, sob pena de desvínculo do Estado, agora foi a vez de Palma e Nangade
convocar os funcionários públicos, que fugiram dos ataques de
insurgentes. A convocatória de Palma determina marcará “faltas” e
haverá implicações na “efetividade” dos servidores que não comparecerem aos
postos de trabalho de Cabo Delgado.O prazo de apresentação era até 20 de
janeiro. Os funcionários, contudo, classificam a exigência como um “absurdo”
por não existirem condições mínimas de segurança.Ataques e emboscadasHá registros de emboscadas em estradas por onde devem
circular para chegar aos seus postos de trabalho. No dia 29, os insurgentes
atacaram uma guarnição policial na fronteira na aldeia Mandimba (Nangade).Há
registo de quatro mortes nos quatro dias de ocupação dos
extremistas no local. Conforme moradores, os insurgentes
continuam a emboscar viaturas na única via que liga a sede distrital de Nangade
a vila de Palma, o distrito dos megaprojetos
bilionários de gás natural.“Um grupo atacou Namioni e outro
atacou Mandimba e mais dois povoados. Agora insistem para voltarmos, como vamos
voltar?”, questionou um dos servidores em Moçambique.Em janeiro, a
intensificação de ataques a três aldeias próximas a um projeto de gás natural
forçou a evacuação dos
trabalhadores da multinacional Total, no distrito de Palma.A
vila sede de Palma, tida até então como segura devido à presença de uma força
de segurança, esteve em janeiro sob ameaça de invasão dos rebeldes. Extremistas
chegaram a enviar panfletos alertando sobre o ataque.( Fonte A Referencia
Noticias Internacional)
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