CONTRA COVID 19 "COVID MATA"

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sexta-feira, 6 de março de 2020

NO TICAIS GERAL- ESTADOS UNIDOS


A ameaça do coronavírus nos EUA, onde milhões não têm licença médica nem saúde pública.

Mas, para milhões de americanos, será impossível adotar essas medidas. Como não existe no país uma lei federal que obrigue empregadores a oferecer licença médica, muitos funcionários precisam escolher entre trabalhar doentes ou ficar sem salário — ou até mesmo perder o emprego. Além disso, sem um sistema público de saúde, muitos não têm cobertura e evitam ir ao médico por medo dos altos custos. Em um momento em que o país já registra 11 mortes e mais de cem casos da covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus, e em que autoridades de saúde consideram provável que milhões de americanos sejam infectados, especialistas temem que esses fatores afetem a resposta à crise e representem um risco à saúde pública. "Sem licença médica, as pessoas irão trabalhar (doentes) e espalhar a doença", diz à BBC News Brasil o economista Nicolas Ziebarth, professor da Universidade Cornell, em Nova York. Ziebarth estuda a interação entre sistemas de seguridade social, mercados de trabalho e saúde pública e é co-autor de estudos que analisam o efeito de leis municipais e estaduais exigindo que empregadores ofereçam licença médica remunerada. egundo seu estudo mais recente, publicado neste ano, as taxas de gripe e doenças semelhantes caíram em média 11% nesses locais no primeiro ano após as leis entrarem em vigor. Ziebarth acredita que a correlação entre acesso a licença médica e taxas de infecção também vale para o coronavírus.Sem benefícios Entre os países ricos, os Estados Unidos se destacam por serem um dos únicos que não oferecem a seus trabalhadores benefícios como licença médica, férias remuneradas ou licença maternidade. Como esses benefícios não estão previstos em lei federal, a decisão fica a cargo do empregador. Um estudo do instituto de pesquisa Center for Economic and Policy Research comparou as políticas de 22 países com altos índices de desenvolvimento econômico e humano, mostrando que os EUA são o único a não oferecer licença médica. As leis do país também não protegem trabalhadores de serem demitidos caso faltem por motivo de doença. Nos últimos anos, algumas cidades e Estados aprovaram leis que obrigam determinados empregadores a oferecer licença médica remunerada mas, ainda assim, o Ministério do Trabalho dos Estados Unidos afirma que um quarto dos trabalhadores do setor privado não contam com o benefício. Alguns têm direito a licença não remunerada para tratar de problemas médicos, mas esse benefício também é restrito.(Fonte De Winston-Salem (EUA) para a BBC News Brasil)


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