O deputado Vincent Trébuchet (UDR) acusou o Brasil de não cumprir os padrões exigidos pela União Europeia e alegou que o uso de hormônios de crescimento e antibióticos no país compromete a qualidade do alimento.
Na Assembleia Nacional da França, deputados
criticaram severamente a carne do Mercosul, em especial do Brasil, durante uma
votação simbólica sobre o acordo comercial entre União Europeia e Mercosul. O
produto foi descrito como "lixo" pelo deputado Vincent Trébuchet
(UDR), que destacou preocupações com a rastreabilidade e normas sanitárias. Ele
acusou o Brasil de não cumprir os padrões exigidos pela União Europeia e alegou
que o uso de hormônios de crescimento e antibióticos no país compromete a
qualidade do alimento.
"A realidade é que nossos agricultores não querem morrer e nossos pratos
não são latas de lixo", disse o deputado Vincent Trébuchet (UDR), conforme
discurso transmitido pelo site oficial da assembleia. O partido UDR também publicou este trecho do discurso em sua página na rede
social "X" e o deputado compartilhou a postagem. Trébuchet
ressaltou que, agora, todos os franceses estão pagando um preço e verão
"despejar em seus pratos carnes cheias de hormônios de crescimento,
produzidas em países onde a rastreabilidade continua sendo um conceito
vago", em referência à proteína do Mercosul. "Non
au #Mercosur,
nos agriculteurs ne veulent pas mourir et nos assiettes ne sont pas despoubelles" @Vt_Trebuchet pic.twitter.com/dVfwHkK7mc — Groupe UDR (@groupeudr) November 26, 2024 ">A rejeição ao acordo uniu parlamentares de diferentes
espectros políticos. Paul Molac ressaltou que a oposição ao Mercosul é uma
raridade em termos de consenso na Assembleia. A preocupação gira em torno da
competição desleal enfrentada pelos agricultores franceses, que estão sujeitos
a rigorosas normas ambientais e sanitárias enquanto competem com produtores que
não seguem as mesmas restrições. Além disso, a deputada Helene Laporte
(Rassemblement National) e o deputado Antoine Vermorel (Droite Républicaine)
levantaram acusações contra o Mercosul, citando uso de produtos proibidos e
alegações de danos à saúde pública. Vermorel afirmou que a carne importada do
bloco representa uma ameaça à agricultura francesa e pediu o fortalecimento das
normas locais para proteger os agricultores. O embate ocorre em meio a tensões
entre empresas francesas e o setor agrícola brasileiro. A Confederação da
Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) anunciou medidas contra acusações
envolvendo a qualidade de seus produtos, incluindo ações direcionadas ao
Carrefour e outras companhias francesas. As críticas refletem a crescente
resistência ao acordo comercial, que enfrenta obstáculos tanto políticos quanto
econômicos. Leia Também: Alckmin:
'Devemos ter nos próximos dias ou nas próximas horas as medidas de ajuste
fiscal'(Fonte Mundo ao Minuto Notícias)
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