É quanto a cidade pode economizar deixando de pagar
parcelas da dívida com a União apenas neste ano.
A Prefeitura de São Paulo terá até R$ 3 bilhões extras em caixa
neste ano após fechar um acordo que zera a dívida da capital com a União e que
determina a cessão definitiva ao governo federal do Campo de Marte, na Zona
Norte da capital.O acordo foi fechado entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e
o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), ao longo do segundo semestre. No
dia 16 de dezembro, a Câmara de São Paulo aprovou de forma definitiva um projeto
que viabiliza o acordo, faltando agora a homologação
do acordo pela Justiça. Se isso ocorrer logo no início de 2022, o valor
total que a cidade pode economizar com o pagamento da dívida com a União
chegará a R$ 3 bilhões no ano, considerando que a cidade paga atualmente R$ 250
milhões mensais. A dívida total é estimada em R$ 25 bilhões e será perdoada
pela União, uma vez que o município também abrirá mão de receber o dinheiro que
calculava ter direito pelo fato de o governo federal ter ocupado a área desde
1932, após a vitória das tropas da União na Revolução Constitucionalista
daquele ano. A prefeitura brigava para receber R$ 49 bilhões do governo
federal.O município já teve vitórias no STJ (Superior Tribunal de Justiça) e no
STF (Supremo Tribunal Federal) reconhecendo tratar-se da área municipal o
espaço ocupado para a construção do Campo de Marte. A União recorreu no
processo que tramita no STF, e a decisão foi delegada ao ministro Kassio Nunes
Marques, indicado por Bolsonaro ao Supremo. Ele ainda não se manifestou sobre o
caso. A prefeitura enxergou com bons olhos o acordo por entender que pode
economizar recursos para investir na cidade, zerando a dívida. O prefeito
Ricardo Nunes pretende criar uma junta com membros das secretarias para definir
o que fazer com o dinheiro, mas quer prioritariamente fazer investimentos na
cidade, com a realização de obras, entre outras coisas. Já a oposição
criticou o acordo, afirmando que a cidade abre mão de recursos que teria
direito a receber caso a União pagasse o valor de R$ 49 bilhões por ter ocupado
o espaço por quase 90 anos. A gestão Ricardo Nunes afirma que os detalhes
do acordo entre o governo federal e o município ainda serão definidos. O que já
está certo é que a União ficará com a maior parte da área de maneira
definitiva, incluindo o Campo de Marte. O município poderá ficar com outro
trecho do terreno e estuda a criação de um museu da Aeronáutica.( Fonte R 7
Noticias Brasil)
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