Bulgária acusa seis cidadãos de
integrar rede de espionagem da Rússia.
Agentes seriam altos funcionários do
Ministério de Defesa e da inteligência militar do governo búlgaro, aponta
investigação.
Autoridades da Bulgária detiveram
seis cidadãos do país por integrar uma suposta rede de espionagem em favor da Rússia.
Entre eles estão altos funcionários do Ministério da Defesa e inteligência
militar do governo, apontou a Reuters. Essa é a primeira vez que espiões são
descobertos na Bulgária desde o fim da Segunda Guerra Mundial, afirmou o
promotor-chefe búlgaro Ivan Geshev, na sexta (19). Os suspeitos foram presos na
quinta-feira, após uma grande operação da força de segurança nacional na
capital do país, Sofia. Um ex-oficial da inteligência militar búlgara estaria
recrutando pessoas com acesso a informações confidenciais do governo, da Otan (Organização do Tratado Atlântico
Norte) e da UE (União Europeia). Esses indivíduos deveriam
passar as informações a um funcionário da embaixada russa. O grupo representa
uma séria ameaça à segurança nacional ao coletar e entregar segredos de Estado para um país
estrangeiro”, disse a porta-voz da procuradoria Siyka Mileva. Os detidos
deixaram a prisão neste domingo e aguardam o processo em liberdade, disse o
portal europeu Euractiv. “Acredita-se que os supostos espiões
já operavam há pelo menos dois anos. Um vídeo divulgado pela Procuradoria
mostra um dos integrantes dentro da embaixada russa. Ele deposita informações
no que parece ser um cartão SD. Detalhes da operação As reuniões dos criminosos aconteciam em restaurantes, campos de
lazer ou no próprio carro do líder – intitulado pela imprensa búlgara como
“Resident”. Ele deu a todos telefones celulares e cartões SD para a extração de
informações confidenciais. O pagamento, sempre em moedas
estrangeiras, beirava os 1,5 mil euros mensais (cerca de R$ 9 mil). Câmeras de
monitoramento flagraram os agentes trocando o dinheiro em casas de câmbio. Em
resposta, a embaixada da
Rússia exigiu o “fim das especulações” e condenou as tentativas
de “demonizar Moscou” até que o tribunal chegasse a um veredito sobre o caso.
As prisões antecedem as eleições gerais da Bulgária, agendadas para 4 de abril,
e ocorrem em meio à escalada de
tensões entre a Casa Branca norte-americana e o Kremlin. Desde outubro de 2019, a Bulgária expulsou seis
diplomatas russos por suspeita de espionagem no país. Na era
soviética, o país dos Balcãs era grande aliado de Moscou e, hoje, a Rússia é o
maior fornecedor de energia para os búlgaros.(
A Referencia Noticias Internacional)
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