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domingo, 31 de janeiro de 2021

NOTICIAS GERAL- VICE PRESIDENTE MOURÃO

 


Mourão demite assessor que teria articulado impeachment de Bolsonaro: "Não apoio isso aí"

Afastamento ocorreu após divulgação de mensagens trocadas entre o servidor e o chefe de gabinete de um deputado.

O vice-presidente Hamilton Mourão demitiu na última quinta-feira (28), o chefe de sua assessoria parlamentar, Ricardo Roesch Morato Filho. A exoneração do auxiliar foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU). A demissão foi decidida após o site O Antagonista mostrar mensagens trocadas entre o servidor e o chefe de gabinete de um deputado. A conversa teria relação com articulações no Congresso para um futuro impeachment do presidente Jair Bolsonaro. Nesta sexta-feira (29), Mourão que a situação foi "lamentável" e que gerou "um ruído desnecessário". O vice-presidente reforçou ser contra um processo de impeachment e disse prezar pelo "princípio da lealdade". Foi uma situação lamentável. Em primeiro lugar, porque não concordo com o processo de impeachment, não apoio isso aí, como já falei várias vezes. Segundo lugar, não é a forma como eu trabalho — disse em conversa com jornalistas na chegada ao Palácio do Planalto.Ricardo Roesch, então chefe de assessoria parlamentar de Mourão, teria enviado mensagens convidando um chefe de gabinete no Congresso para um café e mencionado conversas com "os assessores de deputados mais próximos". "É bom sempre estarmos preparados", escreveu.Na troca de mensagens, ele sugere a perda de força do general Augusto Heleno, chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência. Segundo ele, Mourão teria dividido a ala militar do governo. Ele diz ainda: "capitão está errando muito na pandemia - Gal. Mourão é mais preparado e político você sabe disso".Na quinta-feira, em nota, a vice-presidência repudiou a "inverdade de toda a narrativa" e negou que alguém da equipe de Mourão teria comportamento como o revelado inicialmente pelo site O Antagonista. Entretanto, a demissão do assessor foi mencionada pelo vice-presidente ainda na quinta e confirmada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU)."Uma troca de mensagens imprudente, gera um ruído totalmente desnecessário no momento que a gente está vivendo. A partir daí a pessoa que tinha um cargo de confiança perde a confiança para exercer esse cargo. Lamento isso", afirmou Mourão.Ele disse não ter conversado sobre o assunto com Bolsonaro por se tratar de uma "questão interna" da sua equipe. Ele declarou ainda que o assunto está "resolvido e encerrado". "Eu prezo por demais o princípio da lealdade", disse. "A lealdade é uma estrada de mão dupla, ela é minha com meus subordinados, vamos falar assim, e deles comigo. No momento que isso é rompido, se rompe um elo e não dá mais para trabalhar junto", acrescentou.( Fonte Estadão)

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