IPCA acumula alta de 5,6% nos últimos 12 meses, abaixo dos 5,77% nos 12
meses anteriores; em 2022, variação do mês foi de 1,01%.
A inflação oficial ganhou força
em fevereiro e registrou alta de 0,84%, ficando 0,31 p.p. (ponto percentual)
acima da variação de 0,53% apurada
no mês anterior, segundo dados divulgados nesta sexta-feira
(10) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O avanço foi
puxado pelos gastos com educação, que tiveram aumento de 6,28%, um impacto de
0,35 p.p. no índice. Com a aceleração, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao
Consumidor) reverte a tendência de queda, iniciada em abril do ano passado. Nos
últimos 12 meses, o índice acumula alta de 5,6%, abaixo dos 5,77% registrados
nos 12 meses anteriores, mas ainda superior à meta de inflação para 2023
estabelecida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional), de 3,25%.
Em fevereiro de 2022, a variação havia sido de 1,01%.A prévia da inflação do mês,
divulgada em 24 de fevereiro pelo instituto com o IPCA-15 (Índice de Preços ao
Consumidor Amplo-15), já projetava um avanço de 0,76% nos
preços em fevereiro, de 0,21 p.p. (ponto percentual) acima do registrado no mês
anterior (0,55%). Os gastos com educação tinham sido apontados como os
principais responsáveis pela alta. Oito dos nove grupos de produtos e serviços
pesquisados tiveram alta em fevereiro. Depois de educação, os maiores impactos
na taxa foram com saúde e cuidados pessoais (1,26%) e habitação (0,82%), que
aceleraram em relação a janeiro, contribuindo com 0,16 p.p. e 0,13 p.p,
respectivamente. Transportes (0,37%) e alimentação e bebidas (0,16%) tiveram
variações menores que as do mês anterior, e os demais grupos ficaram entre
0,11% de artigos de residência e 0,98% de comunicação. A exceção foi vestuário,
com queda de -0,24% e desaceleração pelo segundo mês consecutivo. Gastos sazonais Segundo o IBGE, a alta
de 6,28% em educação reflete os reajustes que costumam ser praticados no início
de cada ano letivo. Os cursos regulares, por exempo, subiram 7,58%, puxados por
ensino médio, que teve o maior aumento, de 10,28%. Na sequência vêm ensino
fundamental, com alta de 10,06% e o maior impacto individual no índice do mês,
de 0,15 p.p., seguido por pré-escola (9,58%) e creche (7,2%). Destacam-se ainda
as altas do ensino superior (5,22%), cursos técnicos (4,11%) e pós-graduação
(3,44%). A elevação de 2,8% nos preços dos itens de higiene pessoal foi a
principal responsável pelo aumento de 1,26% do grupo saúde e cuidados pessoais,
juntamente com os perfumes que, depois da queda de 5,86% observada em janeiro,
tiveram alta de 7,5%, contribuindo com 0,08 p.p. no índice do mês. Outro
destaque foi o aumento nos preços dos produtos para pele, de 4,54%, com impacto
de 0,02 p.p. no IPCA de fevereiro. O resultado do plano de saúde, com alta de
1,2%, ainda reflete a incorporação das frações mensais dos planos novos e
antigos, referentes ao ciclo de 2022-2023. Para o cálculo do índice do mês, o IBGE
comparou os preços coletados entre 28 de janeiro e 28 de fevereiro de 2023
(período de referência) com os preços vigentes no período de 28 de dezembro de
2022 a 27 de janeiro de 2023 (base).( Fonte R 7 Noticias Brasil)
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