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sábado, 9 de outubro de 2021

VIDANEWS - Prefeitos têm até o fim do ano para cobrar moradores por coleta de lixo.

 

Lei estabelece que gestores não devem comprometer orçamento municipal para subsidiar a prestação do serviço aos cidadãos.

As pessoas não se dão conta de que a coleta de lixo domiciliar tem um alto custo para as prefeituras. Em São Paulo, por exemplo, o gasto anual é de R$ 2,2 bilhões. De acordo com o artigo 35 da Lei Federal nº 14.026, as cidades que ainda não realizam arrecadação de recursos para a gestão de resíduos sólidos devem apresentar soluções para custear o serviço, uma delas é a cobrança aos moradores. O prazo é até o fim do ano.Se for estabelecida uma taxa, com a prestação do serviço pela própria prefeitura, o projeto precisa antes da aprovação pela Câmara de Vereadores. Já no caso da tarifa gerada pela concessão do serviço, o trâmite não é necessário. "Ainda não se encerrou o ano de 2021 para estar com os projetos aprovados. A gente espera a virada do ano para começar a fazer essa espécie de auditoria. Verificar quais municípios que efetivamente instituíram a arrecadação e se ela cumpre o que está na lei, no sentido de ser integral, e ver os que não conseguiram ainda, para ver quais punições previstas pela lei", explica Leonardo Matheus da Silva, economista do Sulerb (Sindicato Nacional das Empresas de Limpeza Urbana). As prefeituras serão penalizadas caso não adotem a cobrança pelo serviço. Os gestores podem responder por crime de renúncia de receita por impactar o orçamento municipal.Para o secretário nacional de Saneamento, Pedro Maranhão, as prefeituras não devem subsidiar a coleta e o manejo do lixo. "O município não pode pagar para tirar da minha porta o lixo. Eu tenho que pagar por ele. Aqueles que não podem pagar, tem a tarifa social, que está prevista em todas as planilhas de custo das empresas que ganham a concessão. Não tem cabimento a cidade de São Paulo dotar cerca de R$ 200 milhões por mês. Esse dinheiro tem que ir para creches, saúde e mobilidade", justificou.Especialistas do setor defendem que o serviço seja concedido à iniciativa privada, com cobrança de tarifa ao consumidor. Hoje a coleta e o descarte de lixo estão sob a responsabilidade da prefeitura, que usa a verba do orçamento municipal para prestação do serviço. Os moradores sequer sabem a destinação do lixo ou quanto pagam por ele - o que, de certa forma, incentiva o desperdício. Cidade de São PauloA maior metrópole do país não cobra os moradores pela coleta de lixo. Mas, em 2003, a Taxa de Resíduos Sólidos Domiciliares passou a ser praticada na gestão de Marta Suplicy (PT). A cobrança foi feita até 2005 e, segundo o levantamento do Selurb, foi responsável por diminuir 10% da geração de resíduos em relação aos anos anteriores. No entanto, com o fim da taxa, os moradores voltaram a produzir mais lixo. O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), afirmou que não deve instituir a ecotaxa novamente na cidade. Ele conta com uma receita extraordinária para custear o serviço, sem que os cidadãos tenham que pagar.Segundo a legislação, "o titular do serviço deverá obrigatoriamente demonstrar a sustentabilidade econômico-financeira da prestação dos serviços ao longo dos estudos que subsidiaram a contratação e deverá comprovar, no respectivo processo administrativo, a existência de recursos suficientes para o pagamento dos valores incorridos na delegação, por meio da demonstração de fluxo histórico e projeção futura de recursos."Nunes está contando com o pagamento da União pelo uso de lotes no aeroporto Campo de Marte, na zona norte da capital. A Aeronaútica utiliza o espaço desde a década de 1950, mas não paga ao município. A dívida foi estimada em R$ 25 bilhões pela administração municipal."É muito provável que não enviaremos para a Câmara Municipal essa taxa porque estamos avançando na negociação com o governo federal para fazer a troca da dívida da questão da ação do Campo de Marte. Com isso a gente teria recursos para poder subsidiar os resíduos sólidos", revelou o prefeito. Se o pagamento for, de fato, acertado, o recurso será utilizado para custear a coleta e tratamento do lixo na capital paulista pelos próximos anos, sem que seja necessária a criação de uma taxa.A cidade de São Paulo coleta, diariamente, 10 mil toneladas de resíduos e tem 16 mil agentes de limpeza, sendo que 5 mil atuam na coleta de lixo. São 17 mil quilômetros de vias públicas e praças. São três aterros sanitários, duas centrais de processamento de resíduos de saúde, duas centrais de triagem de recicláveis e 120 ecopontos. Taxa é polêmica A cobrança pela prestação do serviço é impopular. Os moradores alegam que já estão sobrecarregados de impostos e boletos, ainda mais agora com a crise da pandemia de covid-19. Por isso, o principal entrave à implementação da cobrança é o capital político. "Há um hall grande de carga tributária no país, mas que é mal distribuída. Muitas cobranças que não são vinculadas acabam entrando no caixa geral da prefeitura e são utilizadas para pagamentos de outros serviços, não para aqueles que a taxa foi proposta. O capital político de quem vai instituir uma nova cobrança, ele acaba sendo visto negativamente, haja vista a Marta [Suplicy] que virou Martaxa", revela o economista da Selurb.  Os especialistas acreditam também que, ao cobrar pelo serviço, existe maior transparência com relação ao custo da coleta dos resíduos, da destinação correta do lixo, do tratamento dado, onde o dinheiro é aplicado, sem falar nos ganhos ambientais, com a extinção dos lixões a céu aberto.( Fonte R 7 Noticias Brasil)

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