Dakota do Sul, Alasca, Wyoming e Nevada são alguns que
competem para atrair fundos norte-americanos e estrangeiro.
Longe da Suíça ou das Bahamas, vários
estados rurais dos Estados Unidos são paraísos fiscais que flexibilizam suas
leis para atrair capitais, como Dakota do Sul, que vem à tona na Pandora
Papers. Líderes mundiais tentam
limitar danos dos Pandora Papers Na última década, Dakota do Sul, Nevada e
mais de uma dúzia de estados americanos tornaram-se líderes em questões de
sigilo financeiro”, destaca a extensa investigação jornalística.Sigilo fiscal,
regimes que permitem às empresas evitar o pagamento de impostos, ou a
particulares evitar pagamentos durante uma sucessão... esses estados competem
para atrair fundos, americanos e estrangeiros. "Cerca de metade dos
estados do país estão nessa competição", explicou à AFP Chuck Collins, do
Institute for Policy Studies, e um dos especialistas que deu elementos de
contexto aos jornalistas que trabalharam nos Pandora Papers. O especialista
citou, entre outros, Alasca, Wyoming e Nevada. Eles são, acima de tudo,
“pequenos estados, nos quais uma indústria de serviços mais focada em finanças
terá grande poder”, disse. Você precisa criar uma empresa fantasma que
reúna atividades internacionais para evitar o pagamento de impostos? “Delaware
é, de certa forma, o primeiro paraíso fiscal se você deseja criar uma sociedade
anônima de responsabilidade limitada”, diz Collins. “Se você deseja criar um
trust, estados como Dakota do Sul alteraram suas leis” para permiti-lo,
acrescenta. Ao oferecer a essas sociedades financeiras a possibilidade de durar
100 anos, ou mesmo para sempre, os ativos incluídos nesses esquemas podem ser
transmitidos de geração em geração, sem o pagamento de impostos no momento da
sucessão. Dakota do Sul, estado rural do centro-norte, é um precursor no
assunto desde os anos 1970 e 1980, quando quis captar fundos no momento em que
sua economia ia muito mal. Em 1981, o estado começou a autorizar empréstimos a
qualquer taxa de juros, para atrair a atividade de cartões do Citibank e os
empregos associados. "Ano após ano, os legisladores estaduais aprovaram
normas redigidas por membros do setor dos trusts", detalha a Pandora
Papers. Os escritórios de advogados tributaristas instalados em Sioux Falls
destacam em seus sites as vantagens dessas leis, a discrição ou os baixos
impostos do sistema. "Os ativos dos clientes nos trusts de Dakota do Sul
mais do que quadruplicaram na última década, para US$ 360 bilhões",
acrescenta a investigação. Pouca transparência
financeira Dezenas de outros estados seguiram o exemplo de Dakota do
Sul, em maior ou menor grau. Em 2020, 17 das 20 jurisdições menos restritivas
do mundo para trusts estavam localizadas em estados americanos, segundo um
estudo universitário israelense citado na Pandora Papers. Rússia rejeita acusações 'sem fundamento' dos Pandora
Papers Os Estados Unidos ocupam o 25º lugar no ranking 2020
de paraísos fiscais da ONG Tax Justice Network. Em termos de transparência
financeira, a maior potência mundial ocupa o segundo lugar no pódio, atrás das
Ilhas Cayman. Por outro lado, os Estados Unidos representam mais de um quinto (21,27%)
do mercado mundial de serviços financeiros destinados a não residentes,
destacou a ONG. Nesse contexto, o governo Joe Biden lidera as grandes potências
que desejam harmonizar as políticas fiscais entre os países. O presidente
americano "está determinado a trazer mais transparência para os sistemas
financeiros doméstico e internacional", destacou ontem a porta-voz da Casa
Branca, Jen Psaki.( Fonte R 7 Noticias Internacional)
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