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domingo, 26 de setembro de 2021

VIDANEWS - Carro-bomba deixa 8 mortos perto de palácio presidencial na Somália.

 

Ataque acontece no momento em que autoridades travam disputa sobre demissões e nomeações dentro do aparato de segurança.

Oito pessoas morreram neste sábado (25) em Mogadíscio, a capital da Somália, em um ataque com carro-bomba em um posto de controle próximo do palácio presidencial, cuja autoria foi reivindicada por um grupo extremista islâmico, informou a polícia."Confirmamos que oito pessoas, a maioria civis, morreram e outras sete ficaram feridas após a explosão de um carro-bomba", disse à imprensa Mucawiye Ahmed Mudey, comissário do distrito de Hamar Jajab. O ataque acontece no momento em que o chefe de Estado, Mohamed Abdullahi Mohamed, que também é conhecido como Farmajo, e o primeiro-ministro, Mohamed Roble, travam uma disputa, que já dura semanas, sobre demissões e nomeações dentro do aparato de segurança.A explosão foi ouvida pouco antes das 11h locais (5h em Brasília) no cruzamento de Ceelgab, onde fica um dos principais pontos de controle que levam à "Villa Somalia", o palácio presidencial situado a um quilômetro de distância.Testemunhas relataram  que iversos automóveis estavam parados, aguardando para serem inspecionados, no momento da detonação, e que muitas vítimas ficaram presas dentro dos veículos enquanto os mesmos queimavam. O carro-bomba explodiu "enquanto havia outros carros [parados] e gente passando pela rua adjacente", explicou Mohamed Hassan. Entre os mortos está Hibaaq Abukar Hassan, conselheira do primeiro-ministro sobre temas da mulher e dos direitos humanos, informou uma fonte oficial.O atentado foi reivindicado através de um breve comunicado pelo grupo Al Shabab, que é próximo da Al Qaeda e luta desde 2007 para derrubar o governo somali. O grupo realiza com relativa frequência ataques contra as forças de segurança e os dirigentes do país e chegou a controlar a capital por um período, até que foi expulso em 2011 pelas tropas da União Africana, mas ainda mantém controle de partes rurais do país.O chefe do Executivo somali condenou o atentado e homenageou as vítimas, sobretudo a sua colaboradora, "uma jovem dinâmica e trabalhadora, [...] uma cidadã dedicada". "Devemos cooperar na luta contra os impiedosos terroristas que, de maneira regular, matam o nosso povo", declarou em um comunicado Roble. O presidente e o primeiro-ministro travam uma disputa política que gera preocupação no país, pois coloca em perigo o frágil processo de eleição de um novo presidente, mas também porque tem seu epicentro na Agência Nacional de Inteligência e Segurança (Nisa, na sigla em inglês), o principal serviço na luta contra o Al Shabab. A destituição do chefe da Nisa, Fahad Yasin, amigo próximo de Farmajo, por decisão de Roble, após uma polêmica investigação sobre o desaparecimento de um agente da agência, chamado Ikran Tahlil, foi o episódio que motivou a disputa.O serviço de inteligência acusou o Al Shabab pelo sumiço do agente, mas o grupo negou qualquer envolvimento, enquanto a família de Tahlil acusa a Nisa de estar por trás do desaparecimento. Após a destituição de Yasin pelo primeiro-ministro, Farmajo o nomeou como seu conselheiro de Segurança Nacional.( Fonte R 7 Noticias Internacional)

 

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