Senador viajou de Fortaleza para Salvador, em março
deste ano. Em voo comercial, o trecho pode ser comprado por até R$ 1 mil.
Em março deste ano, o senador
Cid Gomes (PDT) pediu o
reembolso de uma viagem feita por ele de Fortaleza e
Salvador. O parlamentar escolheu fretar uma aeronave para fazer o deslocamento,
ao invés de usar voo comercial, como fez em outros meses. A viagem custou R$
54.552,00 aos cofres públicos, a mais alta solicitação feita entre os senadores
para este tipo de despesa este ano. No documento anexado pelo senador no pedido
de reembolso ao Senador Federal, o detalhamento diz que a viagem seguiu o
trecho Fortaleza, do aeroporto Pinto Martins, a Salvador, voltando para Fortaleza,
no dia 16 de março. A nota foi emitida pela empresa aérea no dia 31 de março.
A solicitação de reembolso foi apresentada pelo senador ainda no mês de março.
O valor solicitado por Cid Gomes não teve glosa. Ou seja, ele foi ressarcido no valor
cheio apresentado — R$ 54.552,00. A nota não tem detalhes de quem viajou na
aeronave. A descrição do serviço prestado ficou limitada a
"transporte de pessoas". Em voo comercial para os mesmos
trechos, comprando a passagem com antecedência, o valor fica em torno de R$
600, para ida e volta. Comprando de última hora, de um dia para o outro, o voo
comercial salta para R$ 4 mil, de acordo com pesquisa feita pelo R7 em sites de companhias aéreas — quase 13 vezes menos do
que o valor do fretamento de aeronave. O ressarcimento no Senado é
regulado por atos internos que disciplinam o uso da Cota para o Exercício da
Atividade Parlamentar dos Senadores (Ceaps). O ato nº 5 do primeiro-secretário
da Casa, de 2014, estabelece procedimentos para controle e ressarcimento das
despesas. O artigo 2º do documento diz que o valor mensal da cota corresponde
ao somatório do valor mensal da verba indenizatória pelo exercício da atividade
parlamentar e do valor mensal da verba de transporte aéreo, que varia
dependendo do estado pelo qual cada senador foi eleito. Avião oficial Quando era governador do Ceará, em 2008, Cid Gomes fretou um avião para uma
viagem oficial de 10 dias na Europa. Os custos ficaram, só com a aeronave, em
aproximadamente R$ 388 mil para os cofres públicos. Mas ele não foi sozinho. A
mulher dele e a sogra também estavam a bordo da aeronave, além de um secretário
de Estado e um assessor de Cid, com as respectivas esposas. O grupo passou pela
Espanha, Escócia, Irlanda, Alemanha e por Londres. Com a repercussão negativa
da viagem, Cid divulgou uma nota à época dizendo que a viagem foi para a
participação em eventos sobre turismo e fruticultura e pediu “desculpas pelo
constrangimento”. Ele alegou que “não houve nenhum custo ou despesa extra para
o estado. O voo é cobrado por quilômetro e não pelo número de passageiros.” À época governador, Cid Gomes justificou ainda o gasto com o que era feito
pelos seus antecessores. “Pelo menos 20 governadores dos 27 estados brasileiros
adotam esta prática de voar em aviões fretados ou próprios do estado. Todos os
governadores do Ceará, nos últimos 20 anos, contrataram aviões executivos para
suas viagens, com uma diferença: antes, a aeronave vinha de Recife,
incluindo-se no valor pago a ida e a volta para a capital pernambucana.”O R7 entrou
em contato com a equipe do senador na tarde de sábado (25) e ainda aguarda
retorno.( Fonte R 7 Noticias Internacional)
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