ONU: Fundo pede US$ 116 milhões
para jovens afetados por crise na Venezuela.
Iniciativa global destinou US$ 1,5
milhão para menores migrantes e refugiados da Venezuela em países vizinhos.
Um apelo de US$ 116 milhões para apoiar a educação de
crianças e jovens da Venezuela foi feito pelo fundo global ECW (A Educação Não Pode
Esperar, na sigla em inglês). Em
comunicado, emitido na semana passada, o fundo anunciou uma doação extra de US$
1,5 milhão para avançar com uma resposta de emergência e enfrentar o impacto
sentido por crianças venezuelanas acolhidas em comunidades da Colômbia, do Equador e do Peru. A quantia será
destinada a um fundo de US$ 27,2 milhões, formado em dezembro, para financiar
programas nesses três países garantindo acesso inclusivo e educação de
qualidade a mais de 350 mil crianças e jovens vulneráveis. Desde 2015, a
crise política na Venezuela tem se intensificado levando ao deslocamento de
milhões de pessoas para outras nações da região. O enviado especial da ONU para Educação Global e presidente da comissão
diretora do fundo ECW, o ex-primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, elogiou
a decisão da Colômbia de oferecer proteção para os jovens da Venezuela no país.
Para ele, o financiamento da educação de crianças
refugiadas é uma obrigação moral de todos os líderes do século
21.Violência
e insegurançaA diretora do Fundo, Yasmine Sherif,
pediu aos doadores que apoiem o projeto para mobilizar mais US$ 116 milhões. Os
recursos irão para as respostas de emergência a crianças e jovens venezuelanos
afetados pela crise regional.Ela lembrou que mais de 5,4 milhões de refugiados
e migrantes venezuelanos fugiram de suas casas com medo da violência e da
insegurança. Meninas e meninos correm risco de crimes sexuais, exploração e tráfico de
pessoas, além de fome e discriminação. O acesso restrito à escola é
uma constante na vida dessas crianças.A Venezuela é descrita como a maior crise
humanitária ocidental e também o maior deslocamento
forçado de pessoas da história da América do Sul. Em todo o
mundo, somente o êxodo dos sírios por causa da guerra, que começou em 2011, é
maior que a crise venezuelana.Desde 2015, o número de pessoas que fugiram da
Venezuela para a Colômbia é de 2,4 milhões. Para o Equador, de 1,5 milhão e
para o Peru de 830 mil pessoas. A crise de Covid-19 só piorou a situação dos
deslocados. Nesses três países, 28 milhões de alunos foram afetados com o
fechamento das escolas. ( Fonte A Referencia Noticias Internacional)