Uma mistura de impurezas vem sendo comercializada como “café fake” em embalagens semelhantes às do café tradicional.
O item,
identificado como “pó para preparo de bebida à base de café”, viralizou nas
redes sociais e gerou preocupação sobre fraude alimentar. O “café fake” é um
produto que imita o sabor do café, mas não contém o grão torrado e moído. Em
vez disso, é produzido a partir de cascas, palha, folhas ou outras partes da
planta de café, exceto a semente. Alguns desses produtos incluem também
misturas com milho torrado e outros ingredientes que apenas lembram o café.
Análises indicam que o produto contém apenas 30% de café, enquanto o restante é
composto por milho, cevada, soja, casca de café, açúcar caramelizado e
aromatizantes. A Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic) alerta que o
produto não possui registro da Anvisa, o que compromete sua regulamentação e
fiscalização. Faz mal à saúde? Ainda não há estudos que comprovem riscos
diretos do consumo do “café fake”, mas especialistas alertam que a presença de
impurezas pode comprometer a qualidade e segurança alimentar. A presença de
grãos de cereais e outros compostos pode representar riscos para pessoas com
alergias ou intolerâncias alimentares. Além disso, a falta de transparência na
composição do produto levanta dúvidas sobre possíveis impactos à saúde a longo
prazo. Impacto no mercado Com um preço atrativo
de R$ 13,99 por meio quilo, o “café fake” custa menos da metade do café
convencional, que já ultrapassa R$ 30. Esse fenômeno cresce em meio a uma alta
de 39,6% no preço do café em 2024, segundo o IPCA. A substituição de produtos
por alternativas mais baratas se intensifica à medida que a inflação alimentar
avança. Produtos enganosos O caso do “café fake” se junta a outros
produtos que imitam os originais, mas possuem composição diferente, como
bebidas lácteas, óleo composto e creme culinário. Embora alguns estejam dentro
da legalidade, a rotulagem confusa pode induzir o consumidor ao erro,
dificultando a distinção entre um produto legítimo e um similar de menor
qualidade. Como evitar ser enganado? Especialistas
recomendam atenção aos rótulos e comparação da lista de ingredientes antes da
compra. O Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) monitora casos de
publicidade enganosa e destaca que muitos brasileiros só percebem a diferença
após o consumo. Para evitar fraudes e proteger os consumidores, a entidade
reforça a importância da transparência na comercialização de alimentos. (Fonte
Jornal Opção Noticias GO)
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