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quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025

A polêmica do ‘café fake’: o que realmente está sendo vendido?

 

Uma mistura de impurezas vem sendo comercializada como “café fake” em embalagens semelhantes às do café tradicional.

O item, identificado como “pó para preparo de bebida à base de café”, viralizou nas redes sociais e gerou preocupação sobre fraude alimentar. O “café fake” é um produto que imita o sabor do café, mas não contém o grão torrado e moído. Em vez disso, é produzido a partir de cascas, palha, folhas ou outras partes da planta de café, exceto a semente. Alguns desses produtos incluem também misturas com milho torrado e outros ingredientes que apenas lembram o café. Análises indicam que o produto contém apenas 30% de café, enquanto o restante é composto por milho, cevada, soja, casca de café, açúcar caramelizado e aromatizantes. A Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic) alerta que o produto não possui registro da Anvisa, o que compromete sua regulamentação e fiscalização. Faz mal à saúde? Ainda não há estudos que comprovem riscos diretos do consumo do “café fake”, mas especialistas alertam que a presença de impurezas pode comprometer a qualidade e segurança alimentar. A presença de grãos de cereais e outros compostos pode representar riscos para pessoas com alergias ou intolerâncias alimentares. Além disso, a falta de transparência na composição do produto levanta dúvidas sobre possíveis impactos à saúde a longo prazo. Impacto no mercado Com um preço atrativo de R$ 13,99 por meio quilo, o “café fake” custa menos da metade do café convencional, que já ultrapassa R$ 30. Esse fenômeno cresce em meio a uma alta de 39,6% no preço do café em 2024, segundo o IPCA. A substituição de produtos por alternativas mais baratas se intensifica à medida que a inflação alimentar avança. Produtos enganosos O caso do “café fake” se junta a outros produtos que imitam os originais, mas possuem composição diferente, como bebidas lácteas, óleo composto e creme culinário. Embora alguns estejam dentro da legalidade, a rotulagem confusa pode induzir o consumidor ao erro, dificultando a distinção entre um produto legítimo e um similar de menor qualidade. Como evitar ser enganado? Especialistas recomendam atenção aos rótulos e comparação da lista de ingredientes antes da compra. O Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) monitora casos de publicidade enganosa e destaca que muitos brasileiros só percebem a diferença após o consumo. Para evitar fraudes e proteger os consumidores, a entidade reforça a importância da transparência na comercialização de alimentos. (Fonte Jornal Opção Noticias GO)

 

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