Cientistas brasileiros estão explorando a biodiversidade da Amazônia para encontrar novas armas contra doenças como infecções e tumores.
Uma pesquisa
inovadora, que envolve desde a coleta de amostras de solo em Belém até a
análise de genes bacterianos em um acelerador de partículas em Campinas, pode
levar à descoberta de medicamentos revolucionários. O ponto de partida
dessa aventura científica é o Parque Estadual do Utinga, uma reserva de
conservação no coração da Amazônia. Lá, pesquisadores da Universidade Federal
do Pará (UFPA) coletam amostras de solo de áreas intocadas e de áreas em
processo de restauração. O objetivo é encontrar bactérias que produzem
substâncias com potencial terapêutico. As amostras de solo são levadas para o
Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), em Campinas. Nesse
complexo de laboratórios, que abriga o maior microscópio da América do Sul, o
acelerador Sirius, os cientistas desvendam os segredos dos genes bacterianos.
Com essa ferramenta poderosa, é possível identificar as substâncias que as
bactérias são capazes de produzir e selecionar aquelas com potencial para se
tornarem medicamentos. Genes selvagens Uma das dificuldades
da pesquisa é que nem todas as bactérias encontradas na natureza podem ser
cultivadas em laboratório. Para contornar esse problema, os cientistas utilizam
técnicas avançadas de sequenciamento genético e análise de dados. Com isso, é
possível estudar os genes das bactérias “selvagens” e identificar seus
“superpoderes” medicinais. Após identificar os genes de interesse, os
pesquisadores utilizam uma técnica chamada metabologenômica para “convencer”
bactérias comuns de laboratório a produzir as substâncias desejadas. Essa
técnica permite criar uma espécie de “fábrica de remédios” em pequena escala,
onde é possível produzir as moléculas em quantidade suficiente para testes e
desenvolvimento de novos fármacos. Corrida
contra o tempo A pesquisa de novos medicamentos é uma corrida contra o tempo.
Enquanto os cientistas trabalham para desvendar os segredos da Amazônia, a
devastação ambiental avança em ritmo alarmante. O ano de 2024 registrou o maior
número de queimadas e incêndios na Amazônia nos últimos 17 anos. Para tentar
vencer essa corrida, o governo brasileiro tem investido em pesquisas no bioma
Amazônico. A expectativa é que esses investimentos ajudem a valorizar
economicamente o território e sua biodiversidade, além de gerar retornos
significativos para a saúde da população. Com capacidade para realizar milhares
de testes por dia, essa plataforma pode acelerar a descoberta de novos
medicamentos e transformar a Amazônia em uma fonte de curas para o mundo. Junte-se
aos grupos de WhatsApp do Portal CONTEXTO e fique por dentro das principais
notícias de Anápolis e região. Clique aqui.(Fonte Jornal Contexto Noticias GO)
Nenhum comentário:
Postar um comentário