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terça-feira, 28 de março de 2023

VIDANEWS - Israel vive clima de cautela após primeiro-ministro anunciar pausa na reforma do Judiciário.

 

Ontem, Benjamin Netanyahu cedeu às pressões da população, que paralisou hospitais, voos e outros serviços após uma greve geral.

cautela prevalece em Israel nesta terça-feira (28), depois que o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, prometeu pausar o polêmico pacote de reforma judicial, projeto que provocou uma greve geral e grandes protestos. Netanyahu cedeu à pressão diante da greve de segunda-feira, que afetou hospitais, voos e outros serviços, enquanto dezenas de milhares de opositores da reforma protestavam diante do Parlamento em Jerusalém. "Quando há uma chance de impedir uma guerra civil por meio do diálogo, como primeiro-ministro faço uma pausa para o diálogo", declarou Netanyahu em um discurso exibido na televisão. O anúncio representou uma grande mudança para o primeiro-ministro, que, no domingo, anunciou a demissão do ministro da Defesa, Yoav Gallant - que havia apresentado justamente um pedido de pausa na reforma. A medida gerou ceticismo em Israel, onde o jornal Yediot Aharonot afirma que o chefe de Governo "soube como transformar, com palavras bonitas, uma derrota esmagadora em um empate".O líder da oposição Yair Lapid reagiu com cautela e afirmou que deseja ter certeza de que "não há uma armadilha ou engano". "Se a legislação parar de maneira real e total, estaremos prontos para um diálogo verdadeiro", declarou Lapid na segunda-feira. A oposição já havia afirmado que não negociaria as reformas, que dariam aos políticos eleitos poder sobre o Judiciário, até que o processo legislativo fosse interrompido. Ativistas que protestaram por quase três meses contra o pacote de reformas anunciaram que prosseguirão com as manifestações. "Esta é outra tentativa de Netanyahu de enganar a população israelense para enfraquecer os protestos e depois impor uma ditadura", afirmou o Movimento Guarda-Chuva de manifestantes. "Não vamos parar os protestos até que o golpe judicial seja completamente detido", destacou em um comunicado. Sem recuopresidente Isaac Herzog pediu um "diálogo sincero, sério e responsável". A crise revelou profundas divisões na frágil coalizão de Netanyahu, que inclui partidos de extrema-direita e ultraortodoxos. O ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, afirmou na segunda-feira no Twitter que "não haverá recuo" na reforma judicial. Seu colega de gabinete, também de extrema-direita, o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, pressionou seus simpatizantes a defender as reformas. O partido Poder Judaico, de Ben-Gvir, revelou na segunda-feira que a decisão de adiar a legislação inclui um acordo para expandir as atribuições de ministério, depois que ele ameaçou renunciar se o projeto fosse paralisado. O jornalista político Yossi Verter escreveu no jornal esquerdista Haaretz que a pausa foi "uma vitória dos manifestantes, mas quem realmente dobrou e pisoteou (no primeiro-ministro) foi Itamar Ben-Gvir". "Netanyahu saiu dessa história como uma laranja espremida", destacou Verter. A crise abalou a imagem da coalizão entre a população israelense três meses depois de chegar ao poder. O partido de direita de Netanyahu, o Likud, caiu sete pontos em uma pesquisa do Canal 12, que aponta que o governo perderia a maioria no Parlamento de 120 cadeiras caso novas eleições sejam convocadas. Ao mesmo tempo, nesta terça-feira deve ser anunciado o destino do ministro da Defesa destituído, em meio a especulações de que ele seria reintegrado no cargo. Gallant, que fez um alerta sobre uma ameaça à segurança nacional pela crise, elogiou na segunda-feira a "decisão de paralisar o processo legislativo para conduzir um diálogo", informou sua equipe.( Fonte R 7 Noticias Internacional)

 

 

 

 

 

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