Processo contra presidente foi aprovado pela Câmara dos
Deputados e será votado no Senado na semana que vem.
O presidente do Chile, Sebastián Piñera, afirmou nesta
quarta-feira (10) que o processo político para destituí-lo,
aprovado na Câmara dos Deputados, se baseia em
"fatos falsos", e que espera que o processo seja rejeitado no Senado
na semana que vem. Piñera responde a processo de impeachment por suposto
envolvimento na polêmica venda da mineradora Dominga, no paraíso fiscal das
Ilhas Virgens, em operação revelada nos Pandora Papers. Agora
será a vez do Senado, que atuará como júri para decidir se destituirá o
presidente em sessão na próxima terça-feira (16). "Estamos muito
confiantes de que na próxima terça-feira o Senado, atuando como júri e
analisando os fatos de forma objetiva, racional e ponderada, rejeitará
totalmente essa acusação", declarou o presidente conservador à imprensa em
cerimônia pública em Santiago.Piñera, de 71 anos, assegura que a acusação surge
em meio a "um clima hostil da política chilena" e "tem um
interesse eleitoral claro e injustificado", a 11 dias da eleição presidencial, a ser realizada
em 21 de novembro. O presidente mencionou também que,
paralelamente à denúncia no Congresso, o Ministério Público abriu uma
investigação criminal para o mesmo caso, o que já tinha feito em 2017."Os
fatos foram analisados e investigados em profundidade pelo Ministério Público,
por Juízo de Garantia, pelo Tribunal de Justiça e até em recurso de cassação e
pela Suprema Corte. Em todas essas instâncias foi decretado que não houve
irregularidade, mas também constatada a minha total inocência",
defendeu-se Piñera, que ainda está no cargo, mas impedido de deixar o país
enquanto durar o processo no Senado. Uma investigação da mídia local CIPER e
LaBot, incluída nos Pandora Papers, revelou que os filhos do presidente
venderam a Dominga em 2010 ao empresário Carlos Alberto Delano — amigo próximo
de Piñera — por 152 milhões de dólares. A transação, que foi realizada
principalmente nas Ilhas Virgens, ocorreu durante o primeiro governo de Piñera
(2010-2014).A operação seria realizada em três parcelas e continha uma cláusula
polêmica, que condicionava o último pagamento ao "não estabelecimento de
área de proteção ambiental sobre a área de atuação da mineradora, conforme
reivindicado por grupos ambientalistas".( Fonte R 7 Noticias
Internacional)
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