Dirigente da corporação é acusado de ter se omitido
sobre supostos abusos durante as eleições.
A Polícia Federal abriu um inquérito para
avaliar a conduta do diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei
Vasques. O foco da investigação, de acordo com fontes ouvidas pelo R7,
é avaliar se Silvinei foi omisso em relação a eventuais abusos
da corporação durante o segundo turno da eleição deste ano. A
previsão é que Silvinei seja chamado para depor nos próximos dias, na
superintendência da PF no Distrito Federal. No dia 30, quando ocorreu a votação
de segundo turno, a PRF realizou diversas operações de abordagens em rodovias,
com foco principalmente em estados do Nordeste. As ações geraram engarrafamentos
e atrasos, e a corporação foi acusada de tentar impedir o acesso dos eleitores
às sessões de votação. No mesmo dia, o presidente do Tribunal Superior
Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, determinou a suspensão das operações
contra ônibus do transporte público e outros veículos que transportassem
eleitores. Silvinei chegou a ter a prisão pedida por parlamentares.
Em documento enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), a PRF afirma que,
quando ocorreu a votação em segundo turno, foram empregados 4.341 agentes, o
que representa 37% do efetivo total. A corporação admite ter reduzido o número
de agentes após a votação de segundo turno.De acordo com os dados, na Operação
Eleições havia 4.163 agentes atuando. Na Operação Rescaldo, realizada no dia
seguinte da votação, o número caiu para 2.725. O documento alega que a redução
ocorreu em razão da diminuição de agentes em serviços voluntários.A corporação
afirma, também, que cortes no orçamento previsto para este ano prejudicaram o
emprego do efetivo e a atuação durante o primeiro e o segundo turno das
eleições. A corporação diz que cortes prejudicaram os pagamentos de diárias e
que o orçamento previsto caiu de R$ 70 milhões para R$ 43 milhões, além de os
valores das diárias terem aumentado sem que o orçamento fosse ampliado. Para
amenizar o problema, o diretor-geral da corporação, Silvinei Vasques, afirma
que foram solicitados recursos adicionais ao Ministério da Economia. "Os
recursos financeiros foram solicitados para viabilizar o reforço de efetivo, já
que houve cortes orçamentários que atingiram algumas receitas, como IFR, que
baixou de 70 milhões para 43 milhões, e diárias, que baixaram de pouco mais de
33 milhões para 30 milhões. Em relação a diárias, deve-se levar em consideração
que houve um aumento nos valores, não havendo, por parte do Ministério da
Economia, ampliação do orçamento da instituição", destaca a corporação.(
Fonte R 7 Noticias Brasília)