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domingo, 6 de novembro de 2022

VIDANEWS - Congresso de Direito Religioso debate importância da liberdade religiosa na economia.

 

Democracias mais avançadas contam com ampla licença para exercer todas as formas da religião, o que se reflete nas riquezas.

A Universidade Mackenzie, em São Paulo, recebe entre esta quinta-feira (3) e sexta-feira (4) o 3º Congresso Brasileiro de Direito Religioso no auditório Ruy Barbosa. O evento, que conta com membros da sociedade civil, filósofos, economistas, juristas e líderes religiosos, discute a liberdade religiosa e como o direito a ela impacta a economia de um paísO presidente do IBDR (Instituto Brasileiro de Direito e Religião), Thiago Rafael Vieira, destacou a relevância do tema para o sucesso econômico das principais democracias do mundo e como essa prática é fundamental para do desenvolvimento do Brasil engrenar nos próximos anos— A importância da liberdade religiosa para o desenvolvimento e para o florescimento humano. Sem a liberdade de crença e de religião, as pessoas não têm ânimo para trabalhar, para empreender. Então, é por isso que as maiores democracias do mundo possuem ampla liberdade religiosa e é isso que nós vamos provar no nosso Congresso entre hoje e amanhã aqui na Universidade Mackenzie.Um dos convidados do evento, o ex-prefeito do Rio de Janeiro e bispo Marcelo Crivella enfatizou a importância dos aspectos políticos, econômicos e culturais dos povos e destacou sua preocupação de que o “direito da religião e da liberdade religiosa não se extravase, como vários exemplos na história, para um retrocesso na evolução das sociedades”.— À medida que o poder do Estado concede uma liberdade religiosa ampla, que inclui não taxar a formação de patrimônio e a manutenção das atividades, coisa que no Brasil não temos, que isso se extravase num dilúvio de conexões de cunho fanático. Crivella compartilhou situações que experimentou no Congresso para mostrar como o preconceito com a religião pode atrapalhar o futuro da nação.— Eu sofri muito com isso na minha vida parlamentar por ser bispo de uma igreja que cresceu muito. O tempo todo que eu falava, o que eu dizia, era considerado sempre, por quem me ouvia, com críticas. Na sua forma de encontrar as soluções pacíficas para as controvérsias e o dilúvio de ódio e paixões dos interesses públicos, há uma cultura política e, à medida que há ali um religioso, parece que qualquer contribuição vem com crítica pessoal e que vai ter influência na próxima eleição ou imposição de convicções.Por isso, diz Crivella, esse tipo de Congresso é fundamental para que a sociedade discuta e pense a liberdade religiosa, “mas sempre com a base do amor, da compaixão, da misericórdia, dos princípios sagrados do Evangelho”.O ex-prefeito do Rio destacou o papel do bispo Eduardo Bravo, que também foi convidado para o Congresso, mas não pode comparecer.— Foi meu colega missionário na África e trabalhou em Madagascar num trabalho maravilhoso e, hoje no Brasil, conduz o Unigrejas, que são convenções e mais convenções no Brasil inteiro reunindo pastores de diversas denominações [...]. Por compromissos inesperados acabou não vindo, mas me incumbiu de saudar a todos em seu nome.Liberdade religiosaCrivella disse que, no Parlamento, há barreiras para concretizar a liberdade religiosa no Brasil porque alguns membros do Congresso e do Executivo temem impactos na cultura e na economia.— Minha experiência prática no Parlamento é que, cada vez que a gente busca solidificar e sedimentar a liberdade religiosa, nós encontramos a preocupação dos membros do Legislativo e do Executivo de que isso posso se reverter, mais à frente, em ações que vão prejudicar a economia, a cultura, a política.O ex-prefeito da capital fluminense lembrou que certa vez sugeriu uma ideia para reformar a Lei Rouanet, mas recebeu críticas até do então apresentador Jô Soares.“Eu me lembro que, quando eu tive uma iniciativa parlamentar para que a Lei Rouanet contemplasse as reformas dos prédios históricos religiosos, eu fui convidado ao programa do Jô Soares e ele me recebeu de maneira vamos dizer assim: ‘Tá aqui um político louco, absurdo, quer tirar o dinheiro da cultura para colocar na igreja dele’.Nesta quinta-feira, participam do encontro o vice-ministro de Educação do Paraguai, Fernando Griffith; o chanceler da Universidade Mackenzie, o reverendo Robinson Grangeiro;o presidente do IPM (Instituto Presbiteriano Mackenzie), Milton Flavio; o presidente da AEE (Associação Educativa Evangélica), Augusto Ventura; o ex-prefeito do Rio de Janeiro, Bispo Marcelo Crivella; entre outras autoridades.O evento que termina amanhã vai contar com a participação de grandes nomes do direito no país, como Ives Gandra e o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) André Mendonça.( Fonte R 7 Noticias Brasil)

 

 

 

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